quarta-feira, 13 de julho de 2011

Warner Sob Nova Direção




Nascido em 1958 nos EUA, o braço fonográfico da Warner Brothers, companhia até então atuante apenas no ramo da cinematografia, passou por diversas mãos durante sua trajetória: Seven Arts, nos anos 60; Kinney National Company, nos anos 70; Warner Communications, até a década de 90; Time Warner, até 2004.

No ano de 2006, executivos da Warner Music iniciaram negociações com a EMI – Electric and Musical Industries – visando uma eventual fusão, o que acabou por não se concretizar dada a insegurança jurídica constatada pela companhia inglesa. De 2004 até maio deste ano a Warner Music, desvinculada de grupos empresariais, atuava de maneira autônoma até ser adquirida pelas multifacetadas indústrias Access, grupo atuante nas áreas de recursos naturais, produtos químicos, mídia,  telecomunicações e imóveis. Este fenômeno, diga-se, é definido pela escritora e ativista social Naomi Klein como “onda incorporativa”, que se dá quando empresas de diferentes segmentos se fundem, formando grandes conglomerados. Segundo Klein, a expansão da área de atuação das empresas, através da associação com outras companhias das mais variadas, opostas e inusitadas atividades, é a chave para a construção de um casulo de marca [O Lado B, p. 43].

A dívida amargada pela Warner Music, em razão da queda nas vendas de discos, girava em torno de 2 bilhões de Dólares, e fora assumida pelo império Access. O conglomerado não descarta a possibilidade de venda da companhia pela qual gravam artistas como Maria Rita, O Rappa, Red Hot Chili Peppers e Madonna. Diz-se que a Sony Music vem sinalizando algum interesse pela compra da Warner Music, tal como fez e concretizou com a BMG em 2005, passando desde então a figurar como a maior companhia fonográfica do mundo. Resta saber se a imponência do grupo Sony terá condições de salvar a causa major e a si num futuro tão incerto para as companhias do disco.

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