quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Big Three


Como visto em "O Lado B", "as primeiras fusões na indústria fonográfica mundial se deram entre as décadas de 20 e 40, resultando: EMI, da união entre Columbia europeia, Pathé e Gramophone bretã nos anos de 1928 a 1931; RCA Victor, da junção entre Victor e RCA em 1929; CBS, da associação entre Columbia estadunidense e CBS em 1929; Polydor, da aliança entre Deutsche Grammophon, TeleFunken e Siemens em 1937; Phonogram, da união entre Gramophone francesa e Philips em 1945 (FLICHY, 1982, p. 23). O processo de fusões seguiu pelas décadas seguintes até resultar no que se conhece hoje por majors, multinacionais que movimentam grande parte das cifras da indústria fonográfica mundial como também do entretenimento e das comunicações".

Em 11 de novembro deste ano, nova grande fusão é anunciada. Universal e EMI, agora com forças unidas, cunham novo termo para denominar a fonografia major: big three. O grupo francês Vivendi, do qual a Universal Music é subsidiária, fechou acordo para compra do setor de produção musical das Eletric and Musical Industries por cerca de US$ 1,9 bilhão. Até então administrada pelo Citigroup, a EMI levantava rumores havia tempos no mercado financeiro, o que já sinalizava a possibilidade de algum trâmite envolvendo a gravadora. A inédita negociação envolve ainda a Sony Music, que adquiriu as operações de catálogo da EMI por US$ 2,2 bilhões, desbancando a concorrente Warner, também interessada na operação.

Como registrado em "O Lado B", na opinião do produtor Ruy Quaresma, “elas [as majors] estão se amalgamando tanto que, no final, vai existir apenas uma grande multinacional que, provavelmente, não vai suportar a pirataria, os downloads da internet (...)”. É questão de tempo para vermos mais fusões na fonografia major. Resta saber até quando se poderá contornar sua crise desta maneira.