tag:blogger.com,1999:blog-77420558162590477492024-02-07T00:10:27.476-03:00O Lado BomBlog amparado no livro "O Lado B - A Produção Fonográfica Independente Brasileira", Editora Annablume, que visa comentar e analisar o que há de bom na música que se faz ou fez por variados lados.Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-57047938947979438742016-09-08T21:16:00.002-03:002016-09-08T21:17:37.450-03:00"O Lado B" citado em pesquisa da UFRB<div style="text-align: justify;">
<i>OS HITS DO BIT E A DANÇA NAS FRONTEIRAS ENTRE O UNDERGROUND, A MÚSICA DE NICHO E O MAINSTREAM</i><br />
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Tatiana Rodrigues Lima<br />
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>O artigo discute a cultura da música popular urbana contemporânea com atenção para os trânsitos e a comunicação envolvendo o underground, os nichos e o mainstream. Parte de casos ocorridos no atual contexto de digitalização da cadeia musical, a fim de verificar as regularidades e dispersões entre os fluxos de produções musicais nas fronteiras entre as três esferas. Conclui que produções nos moldes do mainstream incorporam atualmente modos de circulação e configurações estéticas antes acionados apenas no âmbito do underground e que produções esteticamente próximas do mainstream encontram possibilidades de lançamento à margem da indústria fonográfica convencional. Sustenta que no cenário contemporâneo as fronteiras musicais são momentaneamente delimitáveis, em caráter provisório, e permeáveis a várias gradações de iniciativas que ocupam posições intermediárias e tensivas.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Íntegra <a href="http://www.portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/viewFile/13633/10892" target="_blank">aqui</a>.</i></div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-80712670504567529762016-08-25T18:22:00.000-03:002016-12-24T01:18:05.424-02:00Crônica: Por que nos envergonhamos da essência de nossa brasilidade?<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>Somos
internacionalmente conhecidos como um povo festeiro, animado, aberto e
receptivo. Mas por que o senso comum do brasileiro de classe média ainda se envergonha
de tudo aquilo que evoca excessiva brasilidade? O pinguim em cima da geladeira,
os panos de prato bordados com dias da semana, o tapetinho embaixo do telefone,
as combinações inusitadas de cores primárias, a música dos artistas populares –
cruelmente estigmatizados como bregas, ainda que com legiões de fãs e
seguidores.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>Complexo de
vira-lata foi o termo cunhado por Nelson Rodrigues para denotar a inferioridade
em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo – em vários
setores: do esporte às artes; da política ao estilo de vida.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>Foi preciso
uma campanha publicitária forte, onerosa e bem engendrada para tornar as brasileiríssimas
sandálias Havaianas um produto digno de orgulho nacional. O então “chinelo de
pobre” há mais de uma década frequenta pés macios e nada calejados, inclusive
pisando solos estrangeiros.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>Foi preciso um
nobre e revolucionário Caetano Veloso regravar “Sonhos”, em 1982, e “Sozinho”, em
1998, do dito compositor brega Peninha, para que as castas médias e altas pudessem
admitir gostar de canções que já haviam sido hits populares – respectivamente em
1977 e 1996. Outro choque de estilos como esse havia sido promovido pelo mesmo Caetano
no Festival “Phono 73”, evento da gravadora Phonogram. Ao subir no palco do
Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, junto de Odair José, Caetano
provocou a fúria e a vaia dos puristas da MPB ao entoar “Eu Vou Tirar Você Desse
Lugar”. Odair José e Caetano Veloso, por sinal, pertenciam a uma mesma
gravadora, mas eram de selos diferentes. O primeiro era da Polydor, divisão popular
da companhia; o segundo, da Philips, a etiqueta nobre daquele grupo
fonográfico </i><i>–</i><i> hoje Universal Music.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>Para
desespero daqueles que se envergonham da brasilidade em sua forma mais bruta, um
fato a ser digerido: dificilmente a cúpula da Phonogram permitiria que Caetano
fizesse tantos discos experimentais – e pouco vendáveis – na década de 70 se
não houvesse em seu caixa o giro trazido por seus artistas populares. Além de
Odair José: Evaldo Braga, José Ribeiro, Marcus Pitter, Sidney Magal e outros
mais.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>Caetano Veloso
proporia ainda novo embate estilístico regravando a dramática “Você Não Me
Ensinou a Te Esquecer” – de Fernando Mendes, José Wilson e Lucas – para a
trilha sonora do filme “Lisbela e o Prisioneiro”, de 2003. A versão de Caetano
renderia louros de público e crítica, além de uma inesperada indicação ao
Grammy Latino na categoria “Melhor Canção Brasileira”, vinte e cinco anos após o
lançamento da canção pelo próprio Fernando Mendes.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>Um artista
tido como elitizado e consagrado precisa de uma boa dose de pioneirismo e
vanguardismo para colocar a mão na essência de nossa brasilidade, da qual
muitas vezes nos envergonhamos e queremos esconder embaixo da cama – tal qual
fazíamos com nossas Havaianas até antes de elas se tornarem quase tão nobres
quanto o sapatinho de cristal da Cinderela.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>No barco do pioneirismo
de Caetano Veloso embarcariam tantos outros artistas. Adriana Calcanhotto
regravaria “Fico Assim Sem Você” de Claudinho e Buchecha (sic) com grande êxito entre
os mais distintos públicos. Paula Toller e também João Donato fariam suas
versões para “Só Love”, do mesmo duo carioca. Filipe Catto regravaria “Garçom”,
de Reginaldo Rossi, com grande enlevo e erudição. Maria Gadú faria “Baba Baby”,
hit de Kelly Key, virar um clássico blue.
A banda indie Vanguart recém-regravou
“Beijinho no Ombro”, de Valesca Popozuda, também apostando em verter para o
universo cult um hit popular.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>Faça esta
experiência, se tiver coragem: promova uma festa, convide alguns amigos metidos e contrate um DJ para tocar o fino das pistas europeias e norte-americanas por
algumas horas. Lá pelas tantas da madrugada, quando todos estiverem sorumbáticos
e fechados em seus nichos, peça ao tal DJ para tocar “Sandra Rosa Madalena”,
com Sidney Magal, ou mesmo “Fogo e Paixão” de Wando. Você verá a brasilidade
desabrochar das almas mais resistentes e contagiar o senso comum de seus nobres
convidados. Sua festa renascerá tal qual uma fênix das cinzas. Garanto! Futucando
bem, acham-se pinguins e bordados de crochê ao redor dos corações de todos os
brasileiros.</i><o:p></o:p></div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-39192440871703167802016-07-14T14:00:00.002-03:002016-07-14T14:11:37.857-03:00O formato ou a arte?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há algumas semanas entrei numa
discussão tão afetiva quanto datada. Augusto Deleuze, proprietário do bar All
of Jazz, tentava me convencer sobre a superioridade do CD ante ao LP. Eu, muito
embora respeitando as convicções audiófilas de Deleuze, procurava elencar as
qualidades do suporte vinílico ante ao espelhado de policarbonato. Daí surgiu
um acalorado e divertido diálogo:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
[...]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Deleuze: <i>A agulha atrita com o disco, causando desgaste.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Eu: <i>Por isso devemos usar forças de trilhagem baixas. Qual a força que
você usa em seu toca-discos?</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Deleuze: <i>Sei lá, mas atrito é uma questão de física, oras!</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Eu: <i>Som digital não é de fato som, mas uma sequência binária que emula
som. Os graves são os maiores prejudicados. O som do vinil é orgânico.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Deleuze: <i>Eu não tenho grana para comprar um toca-discos de trinta mil
reais para ter toda essa experiência.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Eu: <i>Hi-end é outra história. Estamos falando de hi-fi, não?</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Deleuze: <i>Eu não quero ter preocupação, quero praticidade...</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
[...]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Dias depois me dei conta do quão datado foi o diálogo que Deleuze e eu
tivemos. Aceitável seria se estivéssemos ainda na década de 90, mas incabível
em pleno 2016 quando os suportes fonográficos físicos praticamente inexistem.
Enquanto gastávamos saliva e argumentos confrontando o vinil contra o
policarbonato, os mais antenados e integrados estavam ouvindo um oceano de
música através de plataformas virtuais, tais como Deezer, Spotify, Google
Music, Apple Music, Mix Radio, Napster, Rdio, Tidal, TuneIn, Xbox Music e mesmo
YouTube. Algumas dessas plataformas, por sinal, oferecem música digital com
altas taxas de bits, garantindo alta qualidade, além de variedade. Mesmo álbuns
raros, indisponíveis em formatos físicos, já podem ser encontrados em tais
sistemas – de forma paga ou mesmo gratuitamente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG6nkpBVLnkNDQ3Buy9lwRenLjn0vepc0f3DY1-le4Ut3rv4tEBStl79mEAam2v19OJPsvFx3SMGCaGZnM0I5FGa0VQrZoQ1aVIXs3gDPT-kzPeSvs2XO8LXM_dEUG9BSKZ4nw8psXmUA/s1600/Screenshot_2016-06-30-11-13-15.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG6nkpBVLnkNDQ3Buy9lwRenLjn0vepc0f3DY1-le4Ut3rv4tEBStl79mEAam2v19OJPsvFx3SMGCaGZnM0I5FGa0VQrZoQ1aVIXs3gDPT-kzPeSvs2XO8LXM_dEUG9BSKZ4nw8psXmUA/s200/Screenshot_2016-06-30-11-13-15.png" width="110" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPiDY-rJavsH9qaxvSc6fT7YT6haIs3a-4vOs3FPkSguSdOZynkBXpiYxma4UQHOAYlXpsEb1aTSGKGvDxjMh2sqoxBQ8ZWaFQyd0Yqy4koEPAs3izxNC6fHiBSUfYSeHxptG_gsw8yD4/s1600/Screenshot_2016-06-30-11-14-44.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPiDY-rJavsH9qaxvSc6fT7YT6haIs3a-4vOs3FPkSguSdOZynkBXpiYxma4UQHOAYlXpsEb1aTSGKGvDxjMh2sqoxBQ8ZWaFQyd0Yqy4koEPAs3izxNC6fHiBSUfYSeHxptG_gsw8yD4/s200/Screenshot_2016-06-30-11-14-44.png" width="110" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiugInoE4BfnUMeHiZqLajjlfTNX6YNj2BWLRpibmG_l-gmY11jWlCMF4OkYwn3Ij7lpDL0yfbR0FK7Fr6hgTqszSyR9O2akyRest6fwo118M4d8RQLfvQCcr6vJUIBnOc2Lit6rUMaq2I/s1600/Screenshot_2016-06-30-11-14-08.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiugInoE4BfnUMeHiZqLajjlfTNX6YNj2BWLRpibmG_l-gmY11jWlCMF4OkYwn3Ij7lpDL0yfbR0FK7Fr6hgTqszSyR9O2akyRest6fwo118M4d8RQLfvQCcr6vJUIBnOc2Lit6rUMaq2I/s200/Screenshot_2016-06-30-11-14-08.png" width="110" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Prints de tela do aplicativo Google Play: álbuns raros de João Gilberto, Tom Jobim, Leny Andrade e tantos outros.</span></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Fato é que apesar dos tantos meios virtuais para se ouvir música, muitos
ouvintes vêm se interessando novamente pelo vinil, inclusive jovens já nascidos
no contexto digital – nas décadas de 90 e 2000. E por qual razão? Talvez pela carência
de tangibilidade, de algo que ancore esses ouvintes às canções. O excesso de
praticidade pode nos ter levado a criar uma relação mais descompromissada com a
música.<br />
<br />
Ao menos num quesito o LP é inconteste: graves e orgânicos à parte, a
experiência tátil e visual do vinil é absurdamente mais intensa do que aquela
oferecida por um CD ou qualquer outro suporte virtual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
A relação entre obra e suporte, por sinal, foi tema recorrente de
obras filosóficas e sociológicas da Escola de Frankfurt. Theodor Adorno, um de
seus representantes, muito versou sobre o assunto a partir da década de 30,
momento em que várias artes se tornaram multiplicáveis através de tecnologias
de replicação. Destaque-se ainda que os critérios para escolha do meio ideal para
se ouvir música são idiossincráticos e talvez mais emocionais do que racionais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Se Deleuze e eu discordamos no formato, compactuamos nos estilos
musicais:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
[...]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Deleuze: <i>Conhece este aqui, da Elizete?</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Eu: <i>Sim, é o “Canção do Amor Demais”! “As praias desertas
continuam...”, cantarolo.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Deleuze: <i>Você conhece!?</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Eu: <i>Claro, João Gilberto está neste disco ao violão! O primeiro
registro de sua batida “bossa-nova”...</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Deleuze: <i>E este aqui, da Leny Andrade, conhece?</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Eu: <i>Sim, tenho muitas coisas da Leny...</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
[...]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Seja em vinil, em policarbonato, em streaming ou mp3: independentemente
do suporte que se escolha, o que vale é saber apreciar a boa arte.<o:p></o:p></div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-26902948487554134602016-06-21T17:40:00.000-03:002016-06-21T17:48:57.873-03:00Evento, de Aloysio de Oliveira<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHxr76GWAR-OBfNZNLMaQwy0awoSaAyrVc5VJ5XlL64hSXQYcHr4cu-6MtQiecIH-805RqAr_7H7WEC-S39nBOHeAH01GdUi6ajtfiFWe7XqVLKxo0S5vt2gNT4Ehz0S0sSidp6_GdtT8/s1600/selo_evento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHxr76GWAR-OBfNZNLMaQwy0awoSaAyrVc5VJ5XlL64hSXQYcHr4cu-6MtQiecIH-805RqAr_7H7WEC-S39nBOHeAH01GdUi6ajtfiFWe7XqVLKxo0S5vt2gNT4Ehz0S0sSidp6_GdtT8/s400/selo_evento.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rótulo do LP "Maysa", Evento / Odeon.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como visto no livro “O Lado B”, o
produtor Aloysio de Oliveira foi um dos pioneiros na produção independente
brasileira. Após anos de dedicação às gravadoras Odeon e CBD / Phonogram, Oliveira
resolveu fundar seu próprio selo fonográfico, apostando em artistas nos quais
realmente acreditava. A Elenco foi fundada em 1963 e foi responsável pelo
lançamento de cerca de sessenta álbuns memoráveis de nomes ligados à Bossa
Nova, tais como Roberto Menescal, Nara Leão, Edu Lobo, Sylvia Telles, Quarteto
em Cy e tantos outros de igual quilate.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aloysio de Oliveira lançava mão
dos estúdios e da fabricação da RCA para viabilizar suas produções para a
Elenco e a duras penas sustentou o selo até o ano de 1967, amargando grandes prejuízos.
Todo o acervo que construiu seria vendido à Phonogram – atual Universal Music.
Oliveira partiria para os Estados Unidos para produzir discos de artistas
brasileiros para a Warner Music, companhia ainda sem representação no Brasil
àquela época.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É pouco sabido, no entanto, que Aloysio
de Oliveira se aventuraria em nova empreitada fonográfica alguns anos depois.
Mais precisamente em 1974, no Brasil, ele criava um selo vinculado à Odeon e o
batizava de Evento – qualquer semelhança com Elenco não é mera coincidência.
Mesmos ideais, mesmo capista – o revolucionário César Vilella – e o mesmo
compromisso com a qualidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii8OtWKk5usu2KrOh12q1MbWJHtdst-UuF5-jLz91OQ6CTo2G1QOLU_t-fJoZIYHXcmydfJPDdrhBKosUKoj04qXUK253g-7vVMkXeL_rNcKOPHouUqXLez_UMliNPUJ4e6GRIiOaaIQk/s1600/paulistana_evento.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii8OtWKk5usu2KrOh12q1MbWJHtdst-UuF5-jLz91OQ6CTo2G1QOLU_t-fJoZIYHXcmydfJPDdrhBKosUKoj04qXUK253g-7vVMkXeL_rNcKOPHouUqXLez_UMliNPUJ4e6GRIiOaaIQk/s200/paulistana_evento.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A aventura agora se dava em bases
muito mais seguras. Aloysio já havia trabalhado para a Odeon anos antes e agora
ele poderia contar com o respaldo de uma grande companhia do disco para dar
vida às suas produções. E assim o fez. O primeiro lançamento do selo Evento foi
o disco “Paulistana – Retrato de Uma Cidade”, com sinfonia idealizada pelo compositor
paraense Billy Blanco em homenagem à cidade de São Paulo. O LP, muito embora
obscuro, originou a vinheta do noticiário matinal da Rádio Jovem Pan, que ecoa
até hoje no <i>dial </i>paulistano: “A
cidade não desperta, apenas acerta a sua posição [...]”. O disco contou com os
vocais de Claudia, Claudete Soares, Miltinho, Elza Soares e Pery Ribeiro em
arranjos do maestro Chiquinho de Moraes, o único paulista do time, diga-se –
da cidade de Tietê.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro lançamento histórico do
selo Evento foi o LP “Maysa”, o último da carreira da cantora de morte
prematura. Tão desconhecido quanto precioso, o disco segue ainda hoje
injustiçado, mesmo com o recente interesse pela obra de Maysa por obra da
minissérie “Maysa – Quando Fala o Coração”, de 2009, exibida pela Rede Globo.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb2K1MrxaL09K6bcyo7v-QFX9eQ2FPyPqPjldr97zgnL3HQhO2p7yqbA93tSwKAWetmIjztg7vpi312EsES0Q32Zsi5BlNeVG9LmIndgdzgzeveeUIiT-Pp0AA3LfDxfYk3xwmY9g8bzU/s1600/maysa_evento.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb2K1MrxaL09K6bcyo7v-QFX9eQ2FPyPqPjldr97zgnL3HQhO2p7yqbA93tSwKAWetmIjztg7vpi312EsES0Q32Zsi5BlNeVG9LmIndgdzgzeveeUIiT-Pp0AA3LfDxfYk3xwmY9g8bzU/s320/maysa_evento.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa do LP "Maysa", de 1974. A pintura foi feita pela própria cantora.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Evento reeditaria ainda alguns
discos produzidos por Aloysio na Odeon anos antes de arquitetar a Elenco, tais
como “Ary Caymmi – Dorival Barroso” e “Amor de Gente Moça”, de Sylvia Telles.
Seu catálogo se resumiu a meros seis lançamentos, todos datados de 1974, a
saber:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
SE 11001 PAULISTANA - RETRATO DE UMA CIDADE<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
SE 11002 CARMEN MIRANDA E BANDO DA LUA AO VIVO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
SE 11003 ARY CAYMMI - DORIVAL BARROSO<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
SE 11004 MAYSA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
SE 11005 UM ENCONTRO - Lee Ritenour e Oscar Castro Neves<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
SE 11006 AMOR DE GENTE MOÇA<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fonte: Memória Musical<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aloysio de Oliveira continuaria a
produzir discos para a Odeon nos anos seguintes. Transitaria pela RCA e mesmo
pela Som Livre. Em 1983, publicaria um livro de memórias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com uma carreira marcada pela
versatilidade, Aloysio de Oliveira morreu em 4 de fevereiro de 1995, vítima de
câncer de pulmão, em Los Angeles, onde residia nos últimos anos de vida. Além
de produtor musical, Oliveira trabalhou na Disney realizando dublagens e
prestando consultoria. Foi também vocalista do Bando da Lua, conjunto que
acompanhava Carmem Miranda entre as décadas de 30 e 40.<o:p></o:p></div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-56254353183116702942016-05-31T17:11:00.002-03:002016-07-14T14:23:07.884-03:00Post 2 de 2: GEL / Continental – gravadora nacional, mas com força de major<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8LTqAk9dAC-Mepp8KysAJoQsdD9qsU4AFjg1LutkSH7lAjefU-SouY-Aw6gzNYVInBGqh27E4PE7EfmiY1fM7mDXHNqjwQTnSxeu-Jv8T9Q0ltY4_5OJ0nNLQsz5mNzLDBSkgGnGuJVk/s1600/lp_jane.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8LTqAk9dAC-Mepp8KysAJoQsdD9qsU4AFjg1LutkSH7lAjefU-SouY-Aw6gzNYVInBGqh27E4PE7EfmiY1fM7mDXHNqjwQTnSxeu-Jv8T9Q0ltY4_5OJ0nNLQsz5mNzLDBSkgGnGuJVk/s320/lp_jane.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Jane Duboc", 1987, GEL / Continental. Estouro nacional.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um <i>case</i> interessante que nos
permite mensurar o potencial e o poder de influência da GEL / Continental na
fonografia brasileira foi o lançamento massivo de Jane Duboc em 1987. A cantora,
pouco conhecida até então, já possuía no currículo três LPs – distribuídos por
pequenos selos no início da década de 80. Jane viu sua carreira ser alavancada
de forma bombástica quando adentrou a GEL / Continental.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx4u5Zdeo8lrTXS_WkcpMJedR3wds0c7uD5cZIxlG46NNsNtRVZLZu_NlPmm4pnpp5jdEFWf174s1nW_Q0HeSY35boMLkIycehJRFHYjpkCBb8-aIyZYcRQSA22_279rnLvHXggYzRJi4/s1600/lp_entrevista.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx4u5Zdeo8lrTXS_WkcpMJedR3wds0c7uD5cZIxlG46NNsNtRVZLZu_NlPmm4pnpp5jdEFWf174s1nW_Q0HeSY35boMLkIycehJRFHYjpkCBb8-aIyZYcRQSA22_279rnLvHXggYzRJi4/s200/lp_entrevista.jpg" width="200" /></a>Wilson Souto Junior, criador do espaço
cultural alternativo Lira Paulistana, passou a ser diretor artístico da GEL no
início da década de 80. Conhecido pela alcunha de “Gordo”, Wilson agora
trabalhava muito mais com o <i>mass media</i>
do que com a arte alternativa, e estava disposto a investir fortemente em Jane
Duboc. Deixou-a totalmente à vontade para escolher o repertório daquele seu novo
álbum, que destacou compositores mineiros, mas com uma única condição: das doze
faixas do álbum, ao menos duas necessitariam ter apelo radiofônico. Jane, então,
recorreu ao seu amigo Cido Bianchi, que havia integrado o Jongo Trio na década
de 60, e naquele momento se dedicava à publicidade. A pedido de Jane, Cido
transformou um jingle que havia feito para a rede de lanchonetes Bob’s na canção
“Chama da Paixão”, composta em parceria com Thomas Roth. Com imenso <i>punch</i> pop, a canção foi hit entre os
anos de 87 e 88, assim como “Sonhos”, de Lincoln Olivetti, Robson Jorge e Mauro
Motta. Com um trabalho de marketing incisivo, ambas as canções, produzidas
pelos magos do pop Lincoln Olivetti e Arnaldo Saccomani, tocaram exaustivamente
nas rádios e emissoras de TV de todo o Brasil.
Destaque-se que os hits foram estrategicamente posicionados como faixas
iniciais de cada um dos lados do disco – posições nobres de um LP.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJCBjiawN0BbbbG9hxvVQaYlnn67SuOZgLFGsUXQVvijrO1umWY4tGPphrBsGXOvxA24-wnUYvfH9iFLVKYND4zKgNpBOn52gfK9X5DxJuhztFvfN_ZXHRs_bsIQlKgTMvkwi4AbQzWf4/s1600/lp_entrevista_selo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJCBjiawN0BbbbG9hxvVQaYlnn67SuOZgLFGsUXQVvijrO1umWY4tGPphrBsGXOvxA24-wnUYvfH9iFLVKYND4zKgNpBOn52gfK9X5DxJuhztFvfN_ZXHRs_bsIQlKgTMvkwi4AbQzWf4/s200/lp_entrevista_selo.jpg" width="200" /></a>A GEL / Continental produziu também
uma tiragem de LPs promocionais de Jane Duboc em que se podia ouvir, além de
seus hits, uma suposta entrevista a ser montada pelos programadores de rádio.
Jane gravou respostas de perguntas genéricas, que seriam entoadas pelos
radialistas. As entrevistas resultantes dessa criativa e engenhosa estratégia
provavelmente foram anunciadas com exclusividade por muitas emissoras de rádio
do país, o que ajudou a ventilar o nome de Jane Duboc. Tantas outras gravadoras
usariam dessa mesma estratégia de divulgação, de autoria desconhecida. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A canção “Sonhos” integrou a
trilha sonora da novela “Fera Radical”, exibida pela Rede Globo em sua faixa
das 18h no ano de 1988. A cantora também figurou em “Vale Tudo”, folhetim das
20h da mesma emissora, com “Besame” (Flávio Venturini / Murilo Antunes),
gravada exclusivamente para a trilha da atração – exibida entre 1988 e 1989.
Cabe destacar que as novelas da Rede Globo sempre foram cobiçadas pelas gravadoras
por serem meios eficientes de divulgação de seus fonogramas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nessa época, Jane Duboc passou a
figurar constantemente no programa Globo de Ouro entoando os dois hits de seu
primeiro álbum pela Continental. A atração, exibida pela Rede Globo, se
notabilizou por apresentar os sucessos do momento em formato de ranking. Jane
foi figura frequente do programa “Cassino do Chacrinha”, também da Globo, um
dos mais populares da época. Numa dessas apresentações, pode-se notar vários
espectadores da plateia segurando um mesmo tipo de cartaz com foto da cantora,
o que nos leva a crer que tenha sido mais uma estratégia da gravadora a fim de
reforçar a figura de Jane. Programas populares, de outras emissoras, também
foram escalados para divulgar a cantora, com destaque para o “Viva a Noite”, do
SBT, no qual se apresentou inúmeras vezes. Por aquela época, Jane teve ainda um
especial na TV Bandeirantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/oNEyMtBORoo/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/oNEyMtBORoo?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Na boca do povo: Jane Duboc interpreta "Sonhos" no "Cassino do Chacrinha".</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É sabido que o “jabá” há muito
dita os sucessos radiofônicos. Há quem diga que certos “incentivos financeiros”
também estejam presentes nos bastidores das emissoras de TV. Não se pode afirmar
que Jane Duboc, tenha sido beneficiada por alguma estratégia desse gênero, mas
também não se pode descartar totalmente essa possibilidade, dada a força e a influência
que a GEL possuía no cenário fonográfico e midiático da época.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPbF8pl6FRDZSGtLKdsWqDQ_4JyEAupLZ26ZUPg2Raf4vQkOijftav7MSvYrvpxq4hYHKSWFGIsTjJ4uJOzGDkIsreB7so9Ocq-Bxz40fh-X9oEbV3qPV90BQlLL25dDgm0J5W-j_ATCA/s1600/lp_jane_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPbF8pl6FRDZSGtLKdsWqDQ_4JyEAupLZ26ZUPg2Raf4vQkOijftav7MSvYrvpxq4hYHKSWFGIsTjJ4uJOzGDkIsreB7so9Ocq-Bxz40fh-X9oEbV3qPV90BQlLL25dDgm0J5W-j_ATCA/s200/lp_jane_2.jpg" width="200" /></a>Jane Duboc
gravaria mais um disco pela GEL / Continental, no ano de 1989. Lançado de forma
mais discreta, o álbum “Feliz” se valeu muito da repercussão de seu antecessor.
Jane também entoaria a trilha de abertura da novela “Cortina de Vidro”, do SBT
– 1989 / 1990. Em 1991, Jane migra para a major BMG, companhia para a qual
gravou um único e pouco exitoso disco: “Além do Prazer”. Apesar do porte da
nova companhia, divulgação e marketing foram ínfimos. Mesmo com faixas de forte
apelo pop, nenhuma delas foi executada com algum destaque nas rádios e nos
programas populares de TV. Trilhas de novelas, tanto menos.<br />
<br />
Em 1992, a
cantora lançava o álbum “Movie Melodies” pela pequena e novata gravadora Movieplay
– que de forma tão pioneira quanto arriscada começou suas atividades com foco
exclusivo em CDs, num mercado ainda dominado pelos LPs. Tanto o show quanto o
disco “Movie Melodies” repercutiram positivamente no cenário artístico da
época, mas num nicho mais elitizado.</div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
Sem a continuidade
do trabalho massivo de marketing e divulgação iniciado pela GEL / Continental,
Jane perdeu muito da popularidade da qual gozou no fim dos anos 80, atraindo a
partir de então um público mais seleto, através de estilos musicais tanto menos
comerciais do que o pop romântico avassalador que a consagrou nacionalmente. A
GEL / Continental também mudou seus rumos, passando a investir muito mais em
outras ondas musicais, com destaque para o estilo sertanejo, inclusive após sua
fusão ao grupo Warner em 1993 – como visto no post anterior.<o:p></o:p></div>
</div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-7259185924920964932016-05-12T18:27:00.000-03:002017-03-02T18:31:34.882-03:00Post 1 de 2: GEL / Continental – gravadora nacional, mas com força de major<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj897IkRxiEXpaiLHBmCr28GV-jTb6oJChK9WWk7uI0Vry6KDx_WYyH87PL8jagahSS38bvaZcbcI-st3-3Nj76c_sw2WTbStGC2A0s8mOpbuJnY0B4O41MwlJAqRe44qaTX_STLOm8R20/s1600/selo_continental.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj897IkRxiEXpaiLHBmCr28GV-jTb6oJChK9WWk7uI0Vry6KDx_WYyH87PL8jagahSS38bvaZcbcI-st3-3Nj76c_sw2WTbStGC2A0s8mOpbuJnY0B4O41MwlJAqRe44qaTX_STLOm8R20/s400/selo_continental.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como visto no livro "O Lado
B", a Casa Edison foi a companhia pioneira na produção de discos no Brasil -
em fins do século XIX. Localizada no centro do Rio de Janeiro, a empresa fora idealizada e conduzida pelo tcheco Federico Figner,
tendo sido sucedida pela Odeon em 1929. Naquele mesmo ano, em São Paulo, o industrial Alberto
Jackson Byington Junior dava início a mais uma empreitada da Byington & Co.
A companhia, já firmada no Brasil como representante de máquinas de escrever e
geladeiras, passaria a investir também em música gravada.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por sugestão do produtor
norte-americano de cinema Wallace Downey, Alberto Byington assumiu a
representação da Columbia Records no Brasil. Assim foi durante 14 anos, até que
a Columbia norte-americana resolveu se instalar por aqui de forma autônoma. O
conglomerado Byington possuía notável <i>know-how</i> acerca do mercado fonográfico,
assim como estrutura e maquinário, por isso tinha totais condições de
prosseguir com suas atividades fonográficas, mesmo desvencilhada da marca
Columbia. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBTvCWztiHLiEd0n3Y-hrlYu2r1xwJ7PavVp4HeHJoxT5unuBLzhZs-TAtstmkwpsj_TIRGrHUT4FVfPpbkuQkefbDcSPas2Yw0wJ-LG1LqRsKvCdK4fg8B-ENsTJA5mzWCwQNTaC93TY/s1600/disco-78-rpm-1941.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBTvCWztiHLiEd0n3Y-hrlYu2r1xwJ7PavVp4HeHJoxT5unuBLzhZs-TAtstmkwpsj_TIRGrHUT4FVfPpbkuQkefbDcSPas2Yw0wJ-LG1LqRsKvCdK4fg8B-ENsTJA5mzWCwQNTaC93TY/s320/disco-78-rpm-1941.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;">Disco de 78 RPM de 1941. Selo Columbia, fabricação de Byington & Co. </span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRkeX0X-NYpC57HOpgFo64qzQUBxIKA3g87JevBh_Ru6RHs8xbE8DahiFRdTTX-5mngPMKx4SKyxJAVkU91x_D5OTuwnMAJ2ZmDmshRZtpt7LtyeQyAxUvttDhmklTsWaOHMtNPllNR6k/s1600/disco-78-rpm-dircinha-batista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRkeX0X-NYpC57HOpgFo64qzQUBxIKA3g87JevBh_Ru6RHs8xbE8DahiFRdTTX-5mngPMKx4SKyxJAVkU91x_D5OTuwnMAJ2ZmDmshRZtpt7LtyeQyAxUvttDhmklTsWaOHMtNPllNR6k/s320/disco-78-rpm-dircinha-batista.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Disco de 78 RPM de 1945. Selo Continental, fabricação de Byington & Co.</td></tr>
</tbody></table>
Com João de Barro (Braguinha)
como diretor artístico, o braço fonográfico da Byington & Co. passa a se
chamar Continental Discos a partir de 1943, e por muitos anos competiu em pé de
igualdade com as internacionais RCA, Odeon e Columbia Broadcasting System (CBS),
com cast e lançamentos expressivos. A companhia de Byington teria ainda tantos outros
selos, tais como Chantecler, Caboclo, Musicolor e Phonodisc – sob a razão
social Gravações Elétricas LTDA. – ou GEL.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O pesquisador Ruy Castro narra em
seu livro "Chega de Saudade" [Companhia das Letras, 1990] o curioso
e eficiente sistema de distribuição da Continental em meados das décadas de 50
e 60, que levava seus discos aos lugares mais inóspitos do Brasil, se valendo
até de transporte animal - o conhecido "lombo de burro".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A GEL se notabilizou a partir da
década de 60 por expressivos lançamentos de álbuns de música sertaneja em
grande escala, com destaque para nomes como Cascatinha & Inhana, Duo Glacial,
Irmãs Galvão, Tonico & Tinoco, Milionário & José Rico e tantos outros. Como
visto no livro “O Lado B”, a Columbia, representada pela Byington, havia sido a
primeira companhia a explorar esse filão, através do pesquisador e empreendedor
Cornélio Pires. A também nacional Copacabana investiu fortemente nesse segmento,
pouco valorizado pelas majors, assim como a Chantecler, adquirida pela GEL em
1972 – tornando mais forte seu conglomerado. Somente na virada dos anos 80 para os 90 as gravadoras internacionais se
renderiam em peso ao estilo sertanejo, tendo como marco a saída de Chitãozinho &
Xororó da Copacabana rumo à Philips, um dos selos mais nobres da Polygram –
atual Universal Music.</div>
<o:p></o:p><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjoCrdpfEhumfY3GJuf2Y72CJKWyAc8FCEeg-mOIVKCE-z1BATT18tcm-swPkrMQrS4uydwZHVviMleC1xk5SKBtnRigWpCjaDnQitOsJS1sHGZIqNufRNzI5h4ZZ2WNY7gc7b50UjF30/s1600/continental.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjoCrdpfEhumfY3GJuf2Y72CJKWyAc8FCEeg-mOIVKCE-z1BATT18tcm-swPkrMQrS4uydwZHVviMleC1xk5SKBtnRigWpCjaDnQitOsJS1sHGZIqNufRNzI5h4ZZ2WNY7gc7b50UjF30/s400/continental.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">GEL / Continental: do surgimento ao fim, profusão de identidades visuais.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre as décadas de 60 e 80, a
fábrica da GEL não somente dava conta de suas próprias demandas, como também
fabricava discos de várias outras companhias, tais como CBS e Warner Music (WEA).
A Warner, por sinal, se estabeleceu no Brasil na segunda metade da década de 70
dedicando-se muito mais aos setores de A&R (artistas e repertório), promoção
e vendas do que à fabricação – antecipando uma tendência que viria dominar a
indústria anos depois. A GEL possuía ainda uma gráfica própria para produzir as
capas e encartes de seus discos. No fim da década de 80, a companhia terceirizou
suas prensagens com a americana Wheaton – no Brasil estabelecida em São Bernardo
do Campo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O conglomerado GEL foi
incorporado ao grupo Warner em 1993, sem aparentar crise, já que a gravadora
vinha emplacando diversos êxitos até então, sobretudo no segmento sertanejo, que
tomou conta do Brasil nesse período. Destaque para Roberta Miranda e Leandro
& Leonardo, que gravaram diversos discos pela GEL e Warner.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Após a fusão e com a crescente
demanda do mercado por CDs, a produção de vinil – e também de cassetes, no
mesmo parque fabril – da GEL foi desativada. Os últimos LPs e cassetes lançados
por selos GEL / Warner, na década de 90, foram fabricados por diversas outras
companhias, ao passo que toda a produção de CDs no Brasil saía basicamente de
três fábricas: Microservice, Videolar e VAT. Sony Music e BMG teriam fábricas próprias
de compact discs na segunda metade dos anos 90.<br />
<br />
A GEL / Continental provavelmente foi a gravadora nacional mais longeva da história de nossa fonografia, e talvez aquela que melhor tenha retratado toda a diversidade musical brasileira entre as décadas de 40 e 90.<br />
<br />
>> Post 2 de 2 em breve.</div>
<o:p></o:p>Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-88894651257999890342016-04-28T15:22:00.001-03:002016-06-23T16:21:13.205-03:00Toca-discos: você sabe diferenciar um aparelho bom de um ruim?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIWHjMWTGfwrUxE1Yh35ykESxFI71HvNXrn-U3oq-chI9k6W0xV7dsZZVuJPeeBNJQlMVshUemec41ZwozgpqH565sPfQCstmOIXLhW7rJf1E1_kD7NCaGrjDHazICkMeJf_ZJQpOrrdM/s1600/td.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIWHjMWTGfwrUxE1Yh35ykESxFI71HvNXrn-U3oq-chI9k6W0xV7dsZZVuJPeeBNJQlMVshUemec41ZwozgpqH565sPfQCstmOIXLhW7rJf1E1_kD7NCaGrjDHazICkMeJf_ZJQpOrrdM/s320/td.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar do notável crescimento do mercado de LPs, poucas são as opções de toca-discos de boa qualidade disponíveis no Brasil. Diversos modelos de aparelhos conjugados com design atraente podem ser encontrados em grandes magazines e lojas de eletrônicos. Impressionam pela versatilidade de formatos que teoricamente conseguem reproduzir, desde discos de 78 RPM até CDs e arquivos mp3. Entretanto, todos esses aparelhos têm algo em comum: os preços absurdamente altos e a baixíssima qualidade de seus componentes, sobretudo aqueles que integram a unidade reprodutora de discos analógicos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Através das explanações básicas, expostas a seguir, o ouvinte que se inicia nesse universo poderá conhecer os componentes essenciais de um toca-discos e ter maior discernimento ao escolher seu aparelho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Prato</b>: os bons são bem pesados, de modo a estabilizar a rotação, geralmente feitos em alumínio ou acrílico denso. Os ruins são feitos de plástico fino e estão sujeitos às instabilidades e oscilações do motor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Motor</b>: os toca-discos de má qualidade costumam ser equipados com motores muito frágeis e instáveis. Podem rotacionar o prato em velocidade superior à adequada, ou, por vezes, inferior. Não há "pitch" para ajuste fino de rotação e muito menos mecanismos de manutenção de velocidade - tal como quartzo, servo ou estrobo. A audição, portanto, muitas vezes resulta distorcida. Motores frágeis também não costumam resistir por muito tempo em rotação, tendo curta vida útil. Muitos modelos de toca-discos - tanto bons quanto ruins - são movidos por correia, eficaz método de tração. Aparelhos mais antigos funcionam com polias, enquanto que os profissionais, usados por DJs, possuem motor de tração direta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Agulha</b>: as melhores possuem ponta de diamante, um dos materiais mais resistentes da natureza. Agulhas que equipam toca-discos ruins geralmente são de safira, material também nobre, mas pouco duradouro. Convém destacar que a velocidade de 78 RPM exige agulha diferente daquela usada para 33 e 45 RPM. Quanto aos formatos, há agulhas de ponta cônica, elíptica ou birradial, mas, de modo geral, as cônicas atendem bem às necessidades da maior parte dos ouvintes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Braço</b>: são vários os formatos possíveis - retos, curvos, em formato de "s". Cada um tem suas peculiaridades. Mas para todos os casos, o braço deve estar perfeitamente calibrado, formando angulações ideais com os sulcos dos discos - o que pode ser verificado através de gabaritos. Os toca-discos de má qualidade simplesmente não possuem qualquer engenharia fina e lógica em seus braços, resultando em leitura falha e deficiente dos sulcos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Antiskating</b>: mecanismo que compensa a força centrípeta do braço em relação ao eixo do disco. É fundamental para equilibrar a agulha corretamente dentro do sulco sonoro, permitindo uma leitura correta, sem pulos. Em toca-discos ruins esse sistema é inexistente. Em aparelhos intermediários, a compensação antiskating já é aplicada de fábrica. Os melhores toca-discos são dotados de um botão próximo ao braço que permite esse ajuste de forma precisa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Cápsula</b>: peça que é acoplada ao shell - ponta do braço do toca-discos - onde é afixada a agulha. É responsável por converter as vibrações dos sulcos dos discos em impulsos elétricos. Para baratear o processo de produção dos toca-discos, fabricantes que não prezam pela qualidade dão preferência às cápsulas piezelétricas de cerâmica, no lugar das magnéticas - de qualidade superior. As cápsulas de cerâmica possuem tensão de saída alta, dispensando pré-amplificação, o que configura economia. A resposta de frequência dessas cápsulas, no entanto, é muito restrita, além de exigir uma força de trilhagem - peso final da agulha - muito alta, o que representa um desgaste maior dos sulcos dos discos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Amplificação</b>: como visto no item anterior, os toca-discos dotados de cápsula de cerâmica costumam dispensar pré-amplificação, por isso são mais baratos. Possuem tensão de saída alta, mas de baixa qualidade. Aparelhos com cápsula magnética têm saída baixa, mas muito mais precisa. Exigem amplificador / receiver com entrada "phono" ou um pré-amplificador para mediar a conexão com uma entrada "aux".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Caixas de som</b>: aparelhos conjugados de baixa qualidade dificilmente possuem caixas de som compostas por alto-falantes de três diâmetros: para graves, médios e agudos. Suas caixas costumam ser dotadas de uma única via, reproduzindo um som pobre em dinâmica. Para quem busca áudio analógico de qualidade, o ideal é montar um sistema de som com toca-discos, receiver e caixas independentes com três vias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os itens aqui citados são aqueles que se relacionam de forma mais direta com a reprodução de um disco analógico, mas convém destacar que os aparelhos de baixa qualidade costumam ter capacitores, potenciômetros, placas, fontes, cabos e soldas igualmente ruins. Geralmente, são subprodutos de fábricas chinesas, que ganham valor agregado através do belo design de suas carcaças. O dito popular "as aparências enganam" cabe bem para essa situação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dos bons toca-discos disponíveis hoje no mercado, destacam-se os das marcas Stanton, Denon, Marantz e Audio-Technica. Seus preços costumam fazer jus à qualidade que possuem, mas, para quem busca uma boa relação custo-benefício, é possível encontrar bons toca-discos seminovos das décadas de 70 e 80 em lojas e sites especializados. Gradiente, Polyvox, Sony e Philips são algumas marcas que produziram aparelhos acessíveis e de ótima qualidade nesse período. Modelos mais elaborados e caros foram lançados na mesma época por Technics, Dual, Thorens, Marantz, Yamaha, JVC e outras companhias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Através dessas breves explanações, os iniciantes no universo do som analógico certamente estarão mais preparados para escolher seus equipamentos e desfrutar melhor dessa experiência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-69058938013925548102016-01-19T12:53:00.002-02:002016-01-19T12:53:52.842-02:00Vinil Brasil faz frente à Polysom<div style="text-align: justify;">
A Polysom, única fábrica de discos de vinil em atividade no Brasil, está prestes a ganhar uma concorrente a altura. O produtor e DJ Michel Nath, atento aos números positivos nas vendas de LPs em todo o mundo, prepara a inauguração da fábrica Vinil Brasil, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Com maquinário da extinta gravadora Continental, Nath pretende prensar até 140 mil discos por mês - entre LPs e compactos. É mais que o triplo da capacidade atual da Polysom, sediada em Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Técnicos do ramo foram resgatados para integrar a equipe da nova companhia, que deve entrar em atividade ainda no primeiro semestre de 2016.</div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://f.i.uol.com.br/folha/mercado/images/16018373.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://f.i.uol.com.br/folha/mercado/images/16018373.jpeg" height="266" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O DJ Michel Nath. Foto: Folha.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Entusiastas do LP celebram a criação da Vinil Brasil, que pode vir a figurar como alternativa às caras prensagens estrangeiras e mesmo promover uma concorrência saudável com a nacional Polysom. O consumidor final é quem sairá ganhando.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Resta saber se as grandes companhias do ramo eletroeletrônico acompanharão essa tendência de revalorização do vinil. Atualmente, os consumidores desse nicho têm, necessariamente, de recorrer a toca-discos importados ou mesmo de segunda mão. Cápsulas e agulhas, igualmente raras de se encontrar, são vendidas a peso de ouro em poucas lojas especializadas. O mercado dá claros sinais de que a ressureição do disco de vinil não configura mero modismo. A tendência, inegavelmente, tem ganhado cada vez mais força e adeptos ao longo dos últimos anos.</div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-61525875067470398482013-06-11T20:03:00.000-03:002016-06-23T16:30:04.171-03:00Músicos elegem CD como melhor formato?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpLrHPvQ-Snz5iPVVnUUyy2F5-5aE09-i9CVx6EAPkIzSrRFJiNf4Ja-aopt5OQN-2TsKDNkmtyek0LBtg-gtX4lDdX0WO8OlWqAYKoifThyn7wNF_hVhBcaAZbVZV4d3N8rHUCYyAuPU/s1600/transa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpLrHPvQ-Snz5iPVVnUUyy2F5-5aE09-i9CVx6EAPkIzSrRFJiNf4Ja-aopt5OQN-2TsKDNkmtyek0LBtg-gtX4lDdX0WO8OlWqAYKoifThyn7wNF_hVhBcaAZbVZV4d3N8rHUCYyAuPU/s320/transa.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Matéria da Folha de S. Paulo intitulada "Músicos elegem CD como melhor formato", publicada no caderno Ilustrada em 09/06/13, procurou elucidar a visão de três músicos sobre a qualidade dos suportes CD, LP e MP3. O teste comparativo realizado pela publicação, muito mais empírico do que científico, deixou de considerar aspectos técnicos importantes e decisivos.</div>
<br />
Íntegra da matéria da FSP <a href="http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/06/1291800-musicos-elegem-cd-como-melhor-formato.shtml" target="_blank"><span style="color: #f3f3f3;">aqui</span></a>.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Supõe-se que a gravação utilizada como referência tenha sido oriunda de uma mesma masterização, considerando que o disco "Transa", de Caetano Veloso, teve recente reedição em CD e LP (Philips/Universal Music, 1972/2012). Assim, destaco peculiaridades na avaliação da audição em cada suporte, a saber:<br />
<br />
<div>
<b>CD </b><b>..............................................................................................</b></div>
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div>
Diferenças sensíveis de qualidade podem ser percebidas entre diversas marcas e modelos de CD Players. A unidade ótica ou canhão de laser está para o CD Player como o conjunto de agulha e cápsula está para o toca-discos analógico. Destaque-se ainda as variações de tecnologia dos processadores de áudio utilizados.</div>
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>MP3 </b><b>..............................................................................................</b></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sua qualidade varia de acordo com o bitrate utilizado na compressão. Um arquivo com taxa de bits de 320 kbps, por exemplo, soa tanto melhor do que em 128 kbps. Destaque-se ainda a qualidade do player utilizado e os níveis pré-definidos de equalização do dispositivo, fatores que influenciam diretamente no equilíbrio de graves, médios e agudos.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>LP </b><b>..............................................................................................</b></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A reedição em vinil do álbum "Transa" lançou mão da tecnologia DMM (Direct Metal Mastering), em que o corte da matriz se dá diretamente no metal, eliminando a etapa da sulcagem em acetato, o que resulta num registro de altíssima qualidade. Percebe-se, na capa do caderno Ilustrada, que o toca-discos utilizado no teste da Folha é um Technics com tração direta (direct drive). Trata-se de um aparelho "hi-fi", ideal para DJs que trabalham com “scratches” e "turntablism", por ser desprovido de correia. Sabe-se, entretanto, que os toca-discos "hi-end", “state of art”, lançam mão de correias de borracha (sistema belt drive), a fim de minimizar eventuais vibrações oriundas do motor de tração. O prato de um toca-discos “hi-end” costuma ser tanto mais pesado do que o de um “hi-fi”, para que se mantenha a fluidez da rotação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Atentemo-nos, especialmente, ao conjunto de cápsula fonocaptora e agulha utilizado. Percebe-se, na imagem que ilustra a edição, que o toca-discos utilizado está provido de uma cápsula de “scratch”, o que certamente indica que nela está acoplada uma agulha cônica. Para audição apreciativa, as agulhas elípticas são as mais adequadas, por terem uma maior área de contato com o microssulco do LP, o que resulta em maior fidelidade de reprodução, sobretudo nos graves. As agulhas elípticas, ou bi-radiais, não são usadas por DJs, em razão do maior atrito – que danificaria os sulcos numa manobra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É absurda a qualidade de som oriundo de uma agulha elíptica em relação a uma cônica, sobretudo na reprodução de um LP dotado de corte DMM. Igualmente assombrosa é a diferença de som percebida entre uma cápsula “hi-fi” e uma cápsula “hi-end”, inclusive de preços. A primeira está na casa das centenas de Reais; a segunda adentra a casa dos milhares.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As diferenças entre um sistema de toca-discos “hi-end” e um “hi-fi” são perceptíveis a olho nu:</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlBEeBa3A6s6LMTl9md_XHZBl2wv9Sn3xUfguH5WrLQT0upxf5z2IxzLH_91iPm96J8vIqpQdA9DmYJgZR7guym4240Kl9kB-ru6ff3IkPEtwuk2O2kxvH1muE1miH2dV4hlZKOO9FzVw/s1600/td_high.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlBEeBa3A6s6LMTl9md_XHZBl2wv9Sn3xUfguH5WrLQT0upxf5z2IxzLH_91iPm96J8vIqpQdA9DmYJgZR7guym4240Kl9kB-ru6ff3IkPEtwuk2O2kxvH1muE1miH2dV4hlZKOO9FzVw/s320/td_high.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: ultrahighendreview.com</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzSY7Nts97U1PfaMxw9IppAcVhQQi_eFeJ2Q1lUcQfktF6JptAruZ5rxUfbmB-0X3hWYC4zmUkPbNp3EDFbHvsW8q032RNiM_r4kgCPUK07BrXj98Blyxkg5v7JxiEzN9vnUdZLVog_CU/s1600/td_marantz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzSY7Nts97U1PfaMxw9IppAcVhQQi_eFeJ2Q1lUcQfktF6JptAruZ5rxUfbmB-0X3hWYC4zmUkPbNp3EDFbHvsW8q032RNiM_r4kgCPUK07BrXj98Blyxkg5v7JxiEzN9vnUdZLVog_CU/s1600/td_marantz.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: visionliving.com.au</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O referido LP de Caetano apenas renderia máxima qualidade sonora com um equipamento de ponta, portanto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para todos os três suportes, considere-se ainda o sistema de pré-amplificação e amplificação – se valvulados ou digitais – e alto-falantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em suma, nenhum suporte fonográfico é magnânimo. Numa comparação entre vários deles, há que se considerar inúmeros fatores técnicos, que influenciam direta e indiretamente sobre o som que se ouve.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nota pessoal: o que se registra num suporte digital são sequências de códigos binários. O que é registrado num LP é o desenho da vibração do som – a mesma que podemos sentir ao sobrepor a mão sobre o pescoço enquanto falamos. A naturalidade com que soa o áudio oriundo de um bom sistema analógico me toca sensivelmente, assim como a uma imensa e crescente legião de audiófilos.</div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-20986210315845084722013-03-06T11:06:00.000-03:002013-07-29T11:09:44.494-03:00O canto em Cy, por Aquiles Reis<div style="text-align: justify;">
<i>As meninas do Cy (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, coleção Aplauso), é o livro no qual Inahiá Castro revela a biografia do Quarteto em Cy. Emocionado, agradeço a ela, que, plena de emoção e competência, trouxe à luz o percurso cinquentão das Cys.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Ao agradecê-la, estendo minha homenagem a todos os memorialistas que se dedicam a pesquisas musicais para fazerem dos que somos fãs personagens de um enredo que quase sempre parece inspirado em um romance. A eles meu aplauso.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Logo no início do livro está o perfil dos pais das quatro meninas e o legado que ensinaram e deixaram para elas. E como assim se formou o caráter que as acompanhou à juventude e à maioridade. A saída do interior da Bahia, a chegada a Salvador. A ida para o Rio de Janeiro. O encontro fundamental com Vinícius de Morais. Sucesso. Viagens. As desavenças, os recomeços... a vida.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Está tudo lá nas 246 páginas de um livro bem encadernado e repleto de belas e marcantes fotos de arquivo. (Comentada por Igor Garcia, há também a discografia dos 38 trabalhos do Quarteto, bem como dos discos solos gravados por cada uma delas.)</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Inahiá me faz viajar no tempo, quando, dentre outras situações, relembra as quatro voando para Los Angeles, Cyva casada com o Aloísio de Oliveira. Haja coragem! Fala das separações, das trocas de integrantes, tantas. Lembra quando Cynara e Cybele, sob vaias, cantaram “Sabiá” no Maracanãzinho, tendo ao lado Tom e Chico. Recorda quando Cynara gravou “Pronta Pra Consumo”, seu LP solo. Revê as dezenas de discos lançados, muitos com formações diferentes do Quarteto original e do atual.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Lembra também dos recomeços, tantos. Dos muitos shows, inclusive de um que muito me emocionou, “Resistindo”, direção de Benjamim Santos, encenado no Teatro Fonte da Saudade, no Rio de Janeiro. Lembra ainda de outro momento importante, dentre tantos outros, em que o Teatro Carlos Gomes foi todo reformado apenas para o show “Cobra de Vidro”.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Partindo de depoimentos, principalmente de Cyva e Cynara, mas também de inúmeras outras pessoas, Inahiá desvenda uma história de alegrias e tristezas, sucessos e ostracismo. Mas o jeito como os depoimentos de terceiros foram inseridos é o único senão do livro: colocados em meio ao desenrolar da trama, eles findam por quase quebrar a sequência dramática da narrativa, atenuando-a. E olha que o que não falta na vida do Quarteto em Cy são situações que beiram o drama. Aí reside sua beleza.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Inahiá descreve também a dificuldade que é manter unido um conjunto de pessoas, com os egos suplantando a união e propiciando a discórdia, e ensina: abrir mão de opiniões em favor de continuar trabalhando junto é um dos obstáculos que todo grupo enfrenta enquanto busca a longevidade.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Finda a leitura, eu me pergunto: depois das lembranças, o que resta? Restam os dias de quietude saudosa e da desconsolação? Ora bolas, tudo isso restará. Mas principalmente restará o canto, pois, para quem sempre viveu dele, ele será eterno.</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Fonte: <a href="http://www.brazilianvoice.com/bv_colunista/bv_aquiles_reis/43914-canto.html" target="_blank"><span style="color: #eeeeee;">Brazilian Voice</span></a></div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-13411414527450339392012-03-22T20:07:00.001-03:002016-06-23T16:33:39.397-03:00“Não, o autotune não basta pra fazer o canto andar”<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-dvXrXoZLka_sBW-4m1wmasHrTyii7s52YY6_HguyUZ4ImLBVLfsxJ2EW7qLKf_8pzEuBKQAyZl-dclbi8l23iwMIhxGwrom-KnO3atq1zm1YeIqqa1bGM2iTAY9uyCj8mRkViEjx13M/s1600/autotune5large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-dvXrXoZLka_sBW-4m1wmasHrTyii7s52YY6_HguyUZ4ImLBVLfsxJ2EW7qLKf_8pzEuBKQAyZl-dclbi8l23iwMIhxGwrom-KnO3atq1zm1YeIqqa1bGM2iTAY9uyCj8mRkViEjx13M/s400/autotune5large.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Interface do Auto-Tune, software da Antares Audio Technologies.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Se o palco é o templo do músico, o estúdio deve ser, no mínimo, seu oratório. A apresentação realizada no palco é o momento de o artista estar em contato com seu público, dialogar, trocar energia viva, bilateral. Já o ambiente laboratorial de um estúdio deve fornecer condições de perpetuar a técnica deste músico, muito mais do que sua emoção. Visa-se, muitas vezes, o registro de uma perfeição que inexiste viva, e que é buscada de maneira incessante quanto mais a tecnologia evolui. Compreensível tal busca se considerarmos que o artista quererá ter a certeza de que sua obra, ainda que intangível, estará bem pintada, nítida, bem emoldurada e bem exposta – numa comparação com as artes visuais tangíveis. É através da reprodução, e não através do original temporal, que grande parte do público terá acesso à obra de um artista.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O show remonta a primária intenção da arte, de cultuar o aqui e o agora, o temporal. Quando registrado em suportes audiovisuais perde valor, como pregam os mais ortodoxos. E tal perda não ocorre somente pelo fim da temporalidade, mas principalmente pelos procedimentos de pasteurização pelos quais passa o material bruto gravado. Aumentam-se frequências, incluem-se outras, filtram-se ruídos acústicos e naturais produzidos espontaneamente pelo corpo: silvos, respirações; elevam-se os sons de aplausos para tornar o registro mais “quente”. A preocupação agora é outra: tornar infalível o falível; tornar o vivo ainda mais vivo através de maiores cargas de tintas – novamente cabendo a comparação com as artes visuais.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em DVD anexo ao disco “Carioca”, lançado por Chico Buarque em 2006 pela Biscoito Fino, nota-se o músico debatendo com seu técnico de som sobre qual <i>take</i> de gravação soava melhor, estendendo longa discussão sobre a forma com que cada verso fora entoado nas diferentes sessões. Um trabalho de recorte e colagem minucioso resultou na gravação final que se ouve no disco. No caso de Chico Buarque, que é por essência muito mais um compositor do que um cantor, é bastante aceitável que sua voz seja submetida a este tratamento em estúdio. Tais artimanhas são utilizadas por muitos artistas, que o fazem por mero perfeccionismo, por comodismo ou mesmo pela ausência de atributos técnicos. Há ainda os que pregam a plena naturalidade do registro, como a cantora Joyce, que afirma gravar seus discos de forma espontânea e linear, sem intervenções tecnológicas.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O polêmico Auto-Tune, ferramenta para correção de afinação vocal, já foi tema de reflexão de Caetano Veloso em sua “Autotune Autoerótico”, registrada por Gal Costa em seu recente disco “Recanto” (Universal Music):</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Não, o autotune não basta pra fazer o canto andar<o:p></o:p></span></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Pelos caminhos que levam à grande beleza"<o:p></o:p></span></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpQOwgj-iuMyvxWRI1f4uYfPCL4ejhWBtklKaxCh532Ed8IDq7iZJYQsVXmZ4_LjHRNTHdKF54VaArq_boFt-1ZGrwl6RJo73qf2TZBLc1xDSsTW5yb8_LYtrKS5S6_rLbVrFz2FGbMW8/s1600/gal.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpQOwgj-iuMyvxWRI1f4uYfPCL4ejhWBtklKaxCh532Ed8IDq7iZJYQsVXmZ4_LjHRNTHdKF54VaArq_boFt-1ZGrwl6RJo73qf2TZBLc1xDSsTW5yb8_LYtrKS5S6_rLbVrFz2FGbMW8/s200/gal.jpg" width="200" /></a><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Como destaca Caetano, as ferramentas tecnológicas para aperfeiçoar o canto não são, portanto, milagrosas e autossuficientes. Os artistas, bem como seus produtores, técnicos e engenheiros de som devem usar de muito bom senso ao lançar mão delas. A ferramenta não deve se sobressair ao operário e tampouco à obra.</span></div>
</div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-30268690661017379652011-12-20T19:51:00.000-02:002011-12-21T11:52:12.947-02:00Som Sagrado<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Por muito tempo à parte do universo popular, a música religiosa sai de seu nicho a partir da década de 90 para hoje ganhar grande espaço na mídia e a atenção das grandes companhias fonográficas.</span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKbi94EWUHi4pXf-UmYzsIbi_6xL6lpkJH_Z0ho4n9hsCD6Hu8ld7fz1Pfs67FeNLA-uDK-xdmUD5ohmrFaEY1eCeNuumdbN6gIeulO_1DvPBWpxUYH7oqP2yvM80zMUhRfp6YyvAVdOY/s1600/fabiodemelo.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKbi94EWUHi4pXf-UmYzsIbi_6xL6lpkJH_Z0ho4n9hsCD6Hu8ld7fz1Pfs67FeNLA-uDK-xdmUD5ohmrFaEY1eCeNuumdbN6gIeulO_1DvPBWpxUYH7oqP2yvM80zMUhRfp6YyvAVdOY/s320/fabiodemelo.JPG" width="213" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Padre Fábio de Melo - Foto: divulgação.</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">No ranking dos CDs mais vendidos de 2009 – divulgado pela ABPD em 2010 – figura em primeiro lugar o álbum “Iluminar”, do Padre Fábio de Melo. O sacerdote reaparece ainda na sexta colocação com o disco “Eu e o Tempo - Ao Vivo”, na oitava com “Vida” e na décima quarta com “Padre Fábio de Melo - Triplo”. Na décima terceira posição figura “Deus do Impossível”, de Aline Barros.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Na relação de DVDs campeões de vendas, Fábio de Melo ocupa a segunda posição com “Eu e o Tempo - Ao Vivo”. Na quarta posição, “Paz Sim, Violência Não – Volume 2” do Padre Marcelo Rossi, que também aparece na nona colocação do ranking com o primeiro volume da mesma série. Na quinta posição, “Creio em Deus do Impossível”, do Padre Reginaldo Manzotti. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Destaque-se que todos os lançamentos em CD e DVD ora descritos possuem produção e/ou distribuição da Som Livre, excetuando-se Padre Marcelo Rossi, da Sony Music. Costumeiramente no ranking da ABPD com trilhas de novelas e demais produções dramatúrgicas, a gravadora das Organizações Globo perdeu seu foco no secular, hoje tendo <i>cast</i> predominantemente religioso, ao qual se agregam ainda Davi Sacer, Diante do Trono, Ludmila Ferber e outros mais. Neste 2011 a Rede Globo preparou o especial “Promessas”, exibido em 18 de dezembro, para reverenciar o gênero, tendo liderado a audiência do horário com média nacional de 13 pontos no IBOPE (Fonte: Gospel Prime).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Não somente a Som Livre se rendeu ao sagrado. Sony, além de Marcelo Rossi, reúne hoje vários artistas do meio gospel, em produções próprias e/ou distribuições, dentre os quais se destacam Cassiane, Brenda, Leonardo Gonçalves, Rayssa & Ravel e Shirley Carvalhaes. Muitos de tais artistas evangélicos hoje assediados pelas <i>majors</i> outrora pertenceram a gravadoras segmentadas, como MK Music e Line Records, pequenos selos que demonstraram às grandes multinacionais o caminho para um mercado de grande potencial.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwPB7OPBnBjbgK3bk2qeA_dDmNSlOKnoLtZMjoQdGzulw0NWSAhNG42mU-zyshSogtiNoMBVE5y0Sn9i4-wGheRT_tcXVPmBtLNRA6hn_39tJBhdLGe__XCoPNt_HBzKYYlpAm1uqts_A/s1600/pirataria-e-crime-e-pecado.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwPB7OPBnBjbgK3bk2qeA_dDmNSlOKnoLtZMjoQdGzulw0NWSAhNG42mU-zyshSogtiNoMBVE5y0Sn9i4-wGheRT_tcXVPmBtLNRA6hn_39tJBhdLGe__XCoPNt_HBzKYYlpAm1uqts_A/s1600/pirataria-e-crime-e-pecado.jpg" /></a><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Em entrevista para o <a href="http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20111219134618&assunto=100&onde=Viver"><span style="color: #999999;">Diário de Pernambuco</span></a>, o Padre Fábio de Melo credita o crescimento nas vendas de álbuns religiosos a um novo momento na sociedade. “As pessoas estão mais carentes e revendo valores. A música provoca essa reflexão. Também acho que estão valorizando mais a qualidade do trabalho. Ninguém compra para fazer caridade. Compra porque está bom e faz bem à pessoa”, profere.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Louvável a união e a fé existentes entre as comunidades religiosas, sobretudo as evangélicas. Também notável a influência exercida por seus líderes sobre seus rebanhos. Em alguns lançamentos da música gospel, nota-se a presença de uma mensagem ou selo na arte do álbum que condena a pirataria, classificando-a também como pecado. Um forte e sensível apelo que muito contribui para o segmento, haja vista o interesse e os números crescentes de álbuns físicos de música religiosa no mercado fonográfico brasileiro.</span></div>Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-7192270870235387732011-11-17T09:57:00.004-02:002011-11-18T09:17:17.581-02:00Big Three<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvXMLVScwbG76qUncYzv09r6sLMNQkrkhcgKU5iNvEJuifLmen2Env3GnoELiJA_yhc-SveJ9qYRJSB3XZ6yUEMe3_fOrsDPCYDYex8-Errv2A2_VCBBEjPNAUsmGZF1mHP3cMo-qyaTI/s1600/emi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvXMLVScwbG76qUncYzv09r6sLMNQkrkhcgKU5iNvEJuifLmen2Env3GnoELiJA_yhc-SveJ9qYRJSB3XZ6yUEMe3_fOrsDPCYDYex8-Errv2A2_VCBBEjPNAUsmGZF1mHP3cMo-qyaTI/s1600/emi.jpg" /></span></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Como visto em "O Lado B", "as primeiras fusões na indústria fonográfica mundial se deram entre as décadas de 20 e 40, resultando: EMI, da união entre Columbia europeia, Pathé e Gramophone bretã nos anos de 1928 a 1931; RCA Victor, da junção entre Victor e RCA em 1929; CBS, da associação entre Columbia estadunidense e CBS em 1929; Polydor, da aliança entre Deutsche Grammophon, TeleFunken e Siemens em 1937; Phonogram, da união entre Gramophone francesa e Philips em 1945 (FLICHY, 1982, p. 23). O processo de fusões seguiu pelas décadas seguintes até resultar no que se conhece hoje por <i>majors</i>, multinacionais que movimentam grande parte das cifras da indústria fonográfica mundial como também do entretenimento e das comunicações".</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Em 11 de novembro deste ano, nova grande fusão é anunciada. Universal e EMI, agora com forças unidas, cunham novo termo para denominar a fonografia major: <i>big three</i>. O grupo francês Vivendi, do qual a Universal Music é subsidiária, fechou acordo para compra do setor de produção musical das <i>Eletric and Musical Industries</i> por cerca de US$ 1,9 bilhão. Até então administrada pelo Citigroup, a EMI levantava rumores havia tempos no mercado financeiro, o que já sinalizava a possibilidade de algum trâmite envolvendo a gravadora. A inédita negociação envolve ainda a Sony Music, que adquiriu as operações de catálogo da EMI por US$ 2,2 bilhões, desbancando a concorrente Warner, também interessada na operação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Como registrado em "O Lado B", na opinião do produtor Ruy Quaresma, “elas [as majors] estão se amalgamando tanto que, no final, vai existir apenas uma grande multinacional que, provavelmente, não vai suportar a pirataria, os downloads da internet (...)”. É questão de tempo para vermos mais fusões na fonografia <i>major</i>. Resta saber até quando se poderá contornar sua crise desta maneira.</span></div>Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-21066698922117706532011-09-20T20:37:00.002-03:002011-09-21T15:53:43.398-03:00O Toque de Midas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOOslaadQxPLk43VE2SEgemPoa-cWXoceUbGy7Ij3PKWuhyphenhyphen0t00Td6fy3azf-nWlZTI-0JMw_O66OzCRS_Tuy7Ql41fuGzTSpk2ybr0U998i2bHsj-M03OSBOigPNxu-rqmAiTgkWf8AI/s1600/BGAMJU154.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOOslaadQxPLk43VE2SEgemPoa-cWXoceUbGy7Ij3PKWuhyphenhyphen0t00Td6fy3azf-nWlZTI-0JMw_O66OzCRS_Tuy7Ql41fuGzTSpk2ybr0U998i2bHsj-M03OSBOigPNxu-rqmAiTgkWf8AI/s320/BGAMJU154.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Em matéria publicada no caderno <i>Ilustrada</i> da <i>Folha de S. Paulo</i> em 06/09/2011, o astro <i>teen</i> Justin Bieber é curiosamente apontado como “O Menino Midas”. Vicent M. de Gradpre, economista da Universidade Columbia, analisou a carreira de Bieber e afirma que "o mercado <i>teen</i> é enorme, e música é só pretexto. Mas tem data de validade. Porque o ídolo logo cresce e vem o próximo." Gradpre também destaca que “a tática é lucrar muito e rápido [...], é hora de aproveitar toda a fama para associar sua cara a tudo o que se move" - ou que mova cifras.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbQoSQ9zf3Pmlk5wU-vWgMI1DfVoMLC2suOFOfr20Tx2uFq5eSHNBWhfVs_1r6tKvDWi7VQpw3hzaLPWqsOXX7rv00EyyDqpXMKfuIeSUe2khCYwQwcX4i_u-m8rpUVMPk2ZkhD4ad5bA/s1600/BGAMJU167+%25281%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbQoSQ9zf3Pmlk5wU-vWgMI1DfVoMLC2suOFOfr20Tx2uFq5eSHNBWhfVs_1r6tKvDWi7VQpw3hzaLPWqsOXX7rv00EyyDqpXMKfuIeSUe2khCYwQwcX4i_u-m8rpUVMPk2ZkhD4ad5bA/s200/BGAMJU167+%25281%2529.JPG" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_LPgLdODWSCkL9LBNIYtQElWgJBfWmPFsa2A3a800gbUwzVagH3Dd8mQWtdQRG4T2GIm-yKnsckGAQwacmj-fvyATdBiYzRv39sYpCvBtEQrKNUJgnhDM-pHlSZJIZGmRJ_nNwhfLZ88/s1600/BGAMJU05.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_LPgLdODWSCkL9LBNIYtQElWgJBfWmPFsa2A3a800gbUwzVagH3Dd8mQWtdQRG4T2GIm-yKnsckGAQwacmj-fvyATdBiYzRv39sYpCvBtEQrKNUJgnhDM-pHlSZJIZGmRJ_nNwhfLZ88/s200/BGAMJU05.JPG" width="200" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Descoberto através da internet pelo produtor Scooter Braun em meados de 2008, Justin Bieber possui apenas um disco de carreira lançado pela Island Def Jam, selo da Universal Music, somando mais de quatro milhões de cópias vendidas. Seu maior mérito comercial, no entanto, vem de sua extensa e inusitada linha de produtos licenciados em diversos países, desde cadernos e bonecos até roupas e acessórios odontológicos. Uma loja virtual foi criada para comercializá-los em primeira mão. Somente o seu perfume “Someday” somou, durante as três semanas que sucederam seu lançamento, mais de quatro milhões e oitocentas mil unidades vendidas.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyixlue0bsH_8q0eyiBwLSh-E8anEa_9qyp6bbHLXUgZqtXcA_oAZONKKislAyprR7gjKuGbOIsBgLUrt03nlZx0ecSTm_LX_RfMzvopdpJWaDbCJhjkOcrs5H7Gi9jtXeznhTEKBERts/s1600/Perfume-Justin-Bieber-Someday-By-Justin-Bieber.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyixlue0bsH_8q0eyiBwLSh-E8anEa_9qyp6bbHLXUgZqtXcA_oAZONKKislAyprR7gjKuGbOIsBgLUrt03nlZx0ecSTm_LX_RfMzvopdpJWaDbCJhjkOcrs5H7Gi9jtXeznhTEKBERts/s320/Perfume-Justin-Bieber-Someday-By-Justin-Bieber.jpg" width="320" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Como visto em “O Lado B”, o decadente disco físico começa a ser visto pela indústria fonográfica muito mais como uma peça que, agregada a um mix de marketing, auxilia na difusão da produção artística e da imagem de seus artistas, o que se reverte em licenciamentos, patrocínios e, por fim, renda. [p. 124].</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo3JnCMAMr7ViFJ-K1r9D8lDOZ-mDnzPWvmanBmTIHbbYO171N18jPyKq8Fz6ksODN71ywlkdYyufwRGZZxWkbpHbO8PWvgN-sYM_jO2KMoryin0rAxHB0jNCe3OQGUe6Pp3EduhpYhAc/s1600/Untitled-1+copy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo3JnCMAMr7ViFJ-K1r9D8lDOZ-mDnzPWvmanBmTIHbbYO171N18jPyKq8Fz6ksODN71ywlkdYyufwRGZZxWkbpHbO8PWvgN-sYM_jO2KMoryin0rAxHB0jNCe3OQGUe6Pp3EduhpYhAc/s400/Untitled-1+copy.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fotos: justinbieber.shop.bravadousa.com</td></tr>
</tbody></table><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Justin Bieber, além de cantar, também dança, toca violão, piano, bateria e trompete. Talento musical à parte, sua imagem é seu grande potencial. O toque de Midas surge de sua associação com bens de consumo impulsivo, tornando dourado não apenas o universo Bieber, mas também o universo pop engendrado pelas companhias do disco. Renovam-se, assim, suas esperanças e perspectivas.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-37804837894404086612011-08-23T11:45:00.003-03:002011-08-23T11:48:40.244-03:00Direitos Sobre Discos<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span id="goog_1950153805"></span><span id="goog_1950153806"></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7stMk2tUREU5Z7YEE3qLcFmOI8Amxw_l3-j6vQog83VKPMWH1yhm89ZvY1pczqL9vSs302lHPtjAS_ro4rcY5zUI4LkeulJ_n9ZZYMVPCiFQhrLmqRgoI-zlZZNDZl_OjOKbDj-RybgQ/s1600/cdvoa+copy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><img border="0" height="125" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7stMk2tUREU5Z7YEE3qLcFmOI8Amxw_l3-j6vQog83VKPMWH1yhm89ZvY1pczqL9vSs302lHPtjAS_ro4rcY5zUI4LkeulJ_n9ZZYMVPCiFQhrLmqRgoI-zlZZNDZl_OjOKbDj-RybgQ/s400/cdvoa+copy.jpg" width="400" /></span></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Segundo matéria publicada em 22/08/11 pela <a href="http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/963108-lei-americana-devolve-a-artistas-direitos-sobre-seus-discos-apos-35-anos.shtml"><span class="Apple-style-span" style="color: #cccccc;">Folha de S. Paulo</span></a>, definição que estabelece a recuperação dos direitos autorais após 35 anos foi agregada à lei americana em 1976. Passando a vigorar a partir de 1978, tal definição começará a ser percebida efetivamente a partir de 2013. Os discos que a este ano completarem 35 anos de lançamento se desvincularão de suas gravadoras de origem, tendo os artistas poder para administrá-los como bem quiserem, bastando entrar com pedido ante à Justiça com dois anos de antecedência. A fonte de renda oriunda de reedições de álbuns, portanto, se vê ameaçada no mercado estadunidense, o que não ocorre aos discos nacionais considerando que a legislação brasileira estabelece que tais direitos, pertencentes às companhias do disco, seguem assegurados por longínquos 70 anos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Apesar da suposta segurança em relação aos direitos das gravadoras no tocante aos álbuns brasileiros, abalos ainda poderão ser percebidos pelas filiais nacionais das grandes companhias. Segundo a referida matéria, há quem considere esta definição legal como o tiro de misericórdia à fonografia major. Não havendo remédios legais para reverter a cena, veremos, no mínimo, mais um grande abalo na estrutura fonográfica mundial.</span></div>Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-34533299349771359352011-07-13T20:07:00.006-03:002016-06-23T16:53:37.395-03:00Imagem, de Jonas Silva<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjXsd2ENQvw8U0zuG3c3IT4hHFqTYohjiSBqICw8c0mvJOInz0fAfxRnAexWjzqHT3wJWqe4omKCuiEuEhfWOlUqnFMUKoPyXZNhpx6mMN59yyO5APW73LLpr5DFnzli8qPtKx4pjfb20/s1600/js.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjXsd2ENQvw8U0zuG3c3IT4hHFqTYohjiSBqICw8c0mvJOInz0fAfxRnAexWjzqHT3wJWqe4omKCuiEuEhfWOlUqnFMUKoPyXZNhpx6mMN59yyO5APW73LLpr5DFnzli8qPtKx4pjfb20/s320/js.jpg" width="320" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Integrante do grupo vocal Garotos da Lua, Jonas Silva abandonara seus parceiros na década de 50 para seguir carreira solo. O lugar vago seria ocupado por nada mais nada menos que João Gilberto. Silva assinaria com a Rádio Tupi e gravaria discos para a Mocambo e para a Philips.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfobrkwx6WSPlYkUgWChrLrqZh2K_W85ERYUHPSxqdOUJ0OnBXgkfSHwlw2868VlAL0294vs1HEwIMhVlc0j2rWdRLQjHp9Y10USXvGCtMjxaCqdKWlvhKlXLQ0Bek8Co-TXX_scC1-oY/s1600/imagem_lp.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfobrkwx6WSPlYkUgWChrLrqZh2K_W85ERYUHPSxqdOUJ0OnBXgkfSHwlw2868VlAL0294vs1HEwIMhVlc0j2rWdRLQjHp9Y10USXvGCtMjxaCqdKWlvhKlXLQ0Bek8Co-TXX_scC1-oY/s200/imagem_lp.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rótulo de um dos LPs do selo Imagem.</td></tr>
</tbody></table>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Vindo de Pernambuco e radicado no Rio de Janeiro, Jonas Silva havia sido vendedor da Murray, lendária loja de discos e ponto de encontro da juventude carioca durante as décadas de 40 e 50. Nos anos 60, já afastado dos holofotes, Silva continuava a lidar com discos, agora não como cantor ou vendedor, mas como radialista e produtor, realizando edições de álbuns estrangeiros de Jazz para a Philips. A partir de 1969, Jonas Silva desempenharia tal função em seu próprio selo, Imagem, responsável por trazer ao Brasil títulos de notáveis etiquetas norte-americanas e europeias voltadas primordialmente ao Jazz, ainda com pouca representação comercial no Brasil. O filão explorado por Jonas Silva rendeu edições brasileiras de grandes álbuns de artistas como Billie Holiday, Stephane Grapelli, Duke Ellington e Dizzy Gillespie. Na década de 80, Silva reeditaria ainda discos da já extinta etiqueta Mocambo, iniciando flerte com o novo formato que àquela época despontava: o CD. O selo Imagem lançaria ainda produções próprias de artistas do porte de Gilson Peranzzetta, Oscar Castro Neves, Luiz Eça e Victor Assis Brasil. Os últimos lançamentos engendrados por Jonas Silva sob a marca Imagem datam de 1996.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em 26 de julho de 2008, “O Globo Online” publicava <a href="http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2008/07/26/cantor_jonas_silva_conta_ao_globo_como_em_1950_deu_lugar_joao_gilberto_nos_garotos_da_lua-547433109.asp"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">entrevista</span></a> feita com Silva. Àquela época com 79 anos, dizia-se indiretamente responsável pela invenção da Bossa-Nova, e que “Dick Farney e Lúcio Alves começaram tudo, foram os primeiros cantores modernos brasileiros”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ao lado de tantos empreendedores, Jonas Silva é mais um grande e respeitável nome associado à criatividade e à ousadia em nossa fonografia.</span></div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-72904033893873217312011-07-13T19:58:00.004-03:002011-08-25T16:53:27.260-03:00Warner Sob Nova Direção<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIsY_YBVB9Idvau44KKvnL0RGal8FE42sBXKF4mLDM8x1Nd14JYyDFDxmejidDq3ebsjT0QG5lSIxPNby5xBCoYM4uUhjfn6UxXIlvrkPnOD48d1JrZRwVlaXRf7hRgixHKUjWUm-cYLY/s1600/logo_warner.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIsY_YBVB9Idvau44KKvnL0RGal8FE42sBXKF4mLDM8x1Nd14JYyDFDxmejidDq3ebsjT0QG5lSIxPNby5xBCoYM4uUhjfn6UxXIlvrkPnOD48d1JrZRwVlaXRf7hRgixHKUjWUm-cYLY/s320/logo_warner.png" width="320" /></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Nascido em 1958 nos EUA, o braço fonográfico da Warner Brothers, companhia até então atuante apenas no ramo da cinematografia, passou por diversas mãos durante sua trajetória: Seven Arts, nos anos 60; Kinney National Company, nos anos 70; Warner Communications, até a década de 90; Time Warner, até 2004.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">No ano de 2006, executivos da Warner Music iniciaram negociações com a EMI – Electric and Musical Industries – visando uma eventual fusão, o que acabou por não se concretizar dada a insegurança jurídica constatada pela companhia inglesa. De 2004 até maio deste ano a Warner Music, desvinculada de grupos empresariais, atuava de maneira autônoma até ser adquirida pelas multifacetadas indústrias Access, grupo atuante nas áreas de recursos naturais, produtos químicos, mídia, telecomunicações e imóveis. Este fenômeno, diga-se, é definido pela escritora e ativista social Naomi Klein como “onda incorporativa”, que se dá quando empresas de diferentes segmentos se fundem, formando grandes conglomerados. Segundo Klein, a expansão da área de atuação das empresas, através da associação com outras companhias das mais variadas, opostas e inusitadas atividades, é a chave para a construção de um casulo de marca [O Lado B, p. 43].</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A dívida amargada pela Warner Music, em razão da queda nas vendas de discos, girava em torno de 2 bilhões de Dólares, e fora assumida pelo império Access. O conglomerado não descarta a possibilidade de venda da companhia pela qual gravam artistas como Maria Rita, O Rappa, Red Hot Chili Peppers e Madonna. Diz-se que a Sony Music vem sinalizando algum interesse pela compra da Warner Music, tal como fez e concretizou com a BMG em 2005, passando desde então a figurar como a maior companhia fonográfica do mundo. Resta saber se a imponência do grupo Sony terá condições de salvar a causa <i>major</i> e a si num futuro tão incerto para as companhias do disco.</span></div>Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-20997452523769557852011-07-08T20:36:00.000-03:002011-07-14T14:18:13.056-03:00Patrocínio Colaborativo: Mão na Massa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7DLrK4TRDn6LYxmb703jirWaPfckhp5Bguy_crJLbmNk85ULLU7Z0WVl6nItbF4IMraSWgBiEfn16GVMRoW73nVQn_We97NLycofwKFrzJ4EVg0xp1hs-ED5lbTEFz75BAKSFax9ahzg/s1600/patrocionio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7DLrK4TRDn6LYxmb703jirWaPfckhp5Bguy_crJLbmNk85ULLU7Z0WVl6nItbF4IMraSWgBiEfn16GVMRoW73nVQn_We97NLycofwKFrzJ4EVg0xp1hs-ED5lbTEFz75BAKSFax9ahzg/s400/patrocionio.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na virada dos anos 70 para os 80, o músico e engajado cultural Francisco Mário partia para uma audaciosa empreitada. Resolvera idealizar aquele que seria o seu segundo disco e vendê-lo antes mesmo de começar a gravá-lo. O LP “Revolta dos Palhaços”, concretizado em 1980, trazia em seu encarte as assinaturas dos apoiadores da produção independente [O Lado B, p. 78].</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A ousada iniciativa de Francisco Mário ressurge, após três décadas, em continente virtual. As chamadas “plataformas de patrocínio colaborativo” visam, através da internet e suas redes sociais, arrebanhar público interessado por realizações das mais variadas áreas culturais ainda em sua fase embrionária. Através de doações espontâneas de pessoas predominantemente físicas, arrecadam-se os valores necessários para a gestação do projeto. O apoio conquistado estende a paternidade da empreitada a inúmeros patrocinadores, resultando um projeto naturalmente democrático; cultura de massas engendrada e provida pelas próprias massas.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">Conheça algumas das principais plataformas de patrocínio colaborativo:</div></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><a href="http://movere.me/"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">movere.me</span></a></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><a href="http://motiva.me/"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">motiva.me</span></a></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><a href="http://catarse.me/"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">catarse.me</span></a></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><a href="http://br.ulule.com/"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">br.ulule.com</span></a></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><a href="http://www.embolacha.com.br/"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">www.embolacha.com.br</span></a></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><a href="http://www.benfeitoria.com/"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">www.benfeitoria.com</span></a></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><a href="http://www.patrociniocerto.com.br/"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">www.patrociniocerto.com.br</span></a></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><a href="http://www.patrociniocoletivo.com/"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">www.patrociniocoletivo.com</span></a></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><a href="http://www.crowdfundingbr.com.br/"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">www.crowdfundingbr.com.br</span></a></div></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></div>Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-56114980847827050302011-06-15T01:22:00.001-03:002016-06-23T16:54:36.211-03:00Renasce a Kuarup<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdFvyjyW1ZQFqcQiZfFBZIrlmjZt-fn7VA5fu91MuxdA11NCDuAY5hx6IAshgFW_2cKOSRnNQR8wTrgsBhTDPnqGvYWUuHJmkHfl-W6u8hYndU6sMDkvf-qEW8JbaMCVfdYq3YugJKzLk/s1600/krp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="88" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdFvyjyW1ZQFqcQiZfFBZIrlmjZt-fn7VA5fu91MuxdA11NCDuAY5hx6IAshgFW_2cKOSRnNQR8wTrgsBhTDPnqGvYWUuHJmkHfl-W6u8hYndU6sMDkvf-qEW8JbaMCVfdYq3YugJKzLk/s320/krp.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A Kuarup foi criada em 1977 no Rio de Janeiro, inicialmente para produzir discos como brindes de empresas. Durante os 31 anos em que atuou, figurou como uma das mais aclamadas gravadoras brasileiras, com cerca de 200 títulos em seu catálogo abrangendo vertentes como: erudito, choro, música nordestina, caipira, sertaneja, samba e instrumental. Em 2005 iniciou um catálogo de DVDs. A empresa foi fundada pelo jornalista Mário de Aratanha e pelo fagotista Airton Barbosa, do Quinteto Villa-Lobos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Como apontado em "O Lado B", em fins de 2008 a Kuarup decidiu encerrar suas atividades. Em nota divulgada à imprensa, através de seu site oficial, a companhia declarou, em tom melancólico, seus motivos:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i><br />
</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i>Ao longo dos últimos anos, as vendas de produtos físicos sofreram queda vertiginosa, nem de longe compensada pelas vendas por download. Entendemos que a crise do CD é irreversível e tornou inviável nosso modelo de negócio, inteiramente calcado na produção e comercialização de música de qualidade. Agradecemos aos nossos amigos, funcionários, representantes, clientes e fornecedores, e sobretudo aos nossos artistas, que continuarão a carregar a bandeira desta música brasileira que ajudamos a divulgar durante todos estes anos.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i></i></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Após quase três anos de seu fim anunciado, a gravadora Kuarup está de volta ao cenário fonográfico brasileiro através de inesperada parceria entre Arthur Fitzgibbon e Alcides Ferreira, seus novos proprietários, com a Sony Music. Alvíssara ao público que valoriza a música tangível e de qualidade, aquela que vem movimentando discretas porém seguras cifras em nossa fonografia. Da feliz empreitada, ressurgem de imediato nove álbuns do acervo da Kuarup. Esperam-se ainda títulos inéditos em prosseguimento ao raro e sofisticado trabalho da companhia que, mesmo sob nova direção, procurará manter sua autenticidade e seu compromisso com a música brasileira.</span></div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-21146877567766433392011-05-30T09:07:00.001-03:002016-06-23T16:54:46.755-03:00Clube da Cultura<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O Clube da Cultura, segundo seu <a href="http://clubedacultura.com/siteclube/index.html"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">site</span></a>, é uma associação sem fins lucrativos formada em 1994 por profissionais do meio cultural. Tem o objetivo de pensar, debater, promover e contribuir para o desenvolvimento do setor cultural. [...] </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os membros do Clube sabem que a natureza própria da cultura – inquieta, plural, representativa e transformadora -, tem que ser respeitada para que esta articulação seja efetiva. Por isso têm concentrado suas ações na criação de projetos estruturantes para o setor, na transmissão de conhecimentos e na criação de oportunidades para que o “nós” seja experimentado coletivamente. Recentemente, a associação publicou suas reflexões acerca do mercado fonográfico, com menção ao livro "O Lado B", conforme link <a href="http://clubedacultura.com/fev/fv5/cgi-bin/index.cgi?action=viewnews&id=10"><span class="Apple-style-span" style="color: #999999;">aqui</span></a>.</span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi07RC2cggVvn1fAPDGfjhg5VjpDMAC-kanFg832MucoZ32bRQQAuCbPhKr2BQYpHbcapEr2i9tqHseF6MfKJnouGMtiPjmXF3OStgds_oxAnz7yCORP22YNlNowrMGsizrrUxoH4IYLeQ/s1600/print.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi07RC2cggVvn1fAPDGfjhg5VjpDMAC-kanFg832MucoZ32bRQQAuCbPhKr2BQYpHbcapEr2i9tqHseF6MfKJnouGMtiPjmXF3OStgds_oxAnz7yCORP22YNlNowrMGsizrrUxoH4IYLeQ/s400/print.jpg" width="400" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span>Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-79119222421791054512011-05-20T11:42:00.003-03:002016-06-23T16:55:03.892-03:00Joia Moderna<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><img src="http://www.joiamoderna.com.br/imgs/joiamoderna.png" height="108" width="320" /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Notável nome da noite paulistana, o DJ e agitador cultural Zé Pedro define a si próprio como um apaixonado pela música brasileira, especialmente pelas vozes femininas. Produtor de trilhas para desfiles de moda e autor de <i>remixes</i>, sempre faz questão de exaltar cantoras brasileiras em suas apresentações. Com intenção de "iluminar vozes" que adora, Zé Pedro cria o selo Joia Moderna. Em entrevista para a revista <a href="http://vejasp.abril.com.br/noticias/ze-pedro-joia-moderna"><span class="Apple-style-span" style="color: #cccccc;">Veja</span></a> em 10/02/11, o DJ afirma que o modelo atual de negócios acaba por deixar de lado inúmeros talentos, e que muitos de nossos artistas estão fora do mercado por não haver quem saiba administrá-los. Em seu site - <a href="http://www.joiamoderna.com.br/"><span class="Apple-style-span" style="color: #cccccc;">www.joiamoderna.com.br</span></a> - Zé Pedro comenta os primeiros títulos de seu selo:</span></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Nessa primeira fornada de lançamentos, a Joia Moderna apresenta três projetos completamente distintos: Zezé Motta no álbum "Negra Melodia", onde ela interpreta a obra de Jards Macalé e Luiz Melodia; a cantora paulista Cida Moreira com um disco de voz e piano chamado "A Dama Indigna" que mistura Tom Waits e Amy Winehouse, passando por Chico Buarque e Caetano Veloso, e um projeto que acontecerá em vários volumes chamado "A Voz da Mulher Na Obra de ...", que terá início com o compositor Taiguara, importante músico e letrista dos anos setenta interpretado por quatorze vozes femininas entre elas Teresa Cristina, Fafá de Belém, Claudette Soares e Luciana Mello.</span></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQUg79RWh0JhTpOu_ZLMoEiLwOOn2OlkRN1zs2udH34s6TcUWsH7mhccWAMaHDnY_3KwiIoMr8rOj1T4WSzpseyATYtPIp3WnL4YDPzSaac36CeeXsoAyAAoowuMCgJzHt3XEbKyLtNrc/s1600/joiasite.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><img border="0" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQUg79RWh0JhTpOu_ZLMoEiLwOOn2OlkRN1zs2udH34s6TcUWsH7mhccWAMaHDnY_3KwiIoMr8rOj1T4WSzpseyATYtPIp3WnL4YDPzSaac36CeeXsoAyAAoowuMCgJzHt3XEbKyLtNrc/s400/joiasite.jpg" width="400" /></span></a></div>
<div style="text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></i></div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Mesmo em tempos incertos para a fonografia, sobretudo em suportes físicos, Zé Pedro aposta no mercado seleto de quem valoriza uma produção de qualidade. Esperançoso e confiante, conta que "os discos da Joia Moderna pretendem atingir principalmente os admiradores e colecionadores da boa música brasileira, que ainda acreditam que um álbum é feito de uma capa interessante, um encarte contendo as letras das canções e um roteiro musical com começo, meio e fim". A notável empreitada do DJ visa ser estendida a reedições de discos de cantoras por outras companhias, através de licenciamentos. Os direitos de obscuros LPs de Wanderléa, Vanusa e Leny Andrade já começam a ser negociados por Zé Pedro que, em tom heróico, profere: </span></i><i><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">“toda grande cantora que perder o bonde do mercado pode subir no meu trem.”</span></i></span></div>
</div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-11069880063678072622011-04-27T10:39:00.008-03:002016-06-23T16:55:24.981-03:00RC, Patrimônio Popular<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span id="goog_910355326"></span><span id="goog_910355327"></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCN69FnNQVnUeboUJaX475njSQYg9E8nkL7ZOGgJw5ANRN1qnTfR4itnP9wpnguPwm9qWnvlngfKNT0acPjfvl2DkIm4xn3Z64EZk9H_rnhjsatZSruRbqtMNW2CtFuW_uIzfP8adlJdk/s1600/IMG931-01.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="400" i8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCN69FnNQVnUeboUJaX475njSQYg9E8nkL7ZOGgJw5ANRN1qnTfR4itnP9wpnguPwm9qWnvlngfKNT0acPjfvl2DkIm4xn3Z64EZk9H_rnhjsatZSruRbqtMNW2CtFuW_uIzfP8adlJdk/s400/IMG931-01.jpg" width="300" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;">Exposição "RC 50 Anos", 05/2010: "Um Milhão de Amigos"</span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Uma emoção unificadora toca o público brasileiro há mais de meio século. Apesar das controvérsias – poucas, diga-se, diante de tamanho sucesso –, sentimentos de variados tipos, tamanhos, idades, cores, credos e classes sociais são exaltados pelas composições de Roberto Carlos. Da visceral “Quero que Vá Tudo pro Inferno” à melíflua “Detalhes”, a mesma terna voz barítona e de pequena extensão atravessa até os ouvidos mais resistentes, munidos de filtros, bloqueios psicológicos e preconceitos, tendo como alvo direto o coração.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8XrNZJVle2BpF4icmRFWVb-TXDlt7Bu88BHsC73d0gctlSGkkU5ft4Dw6spsou6SVDosit_q5mr7Yq5BLLAcAZAelql6Z4p0UslPAqS1HsEZcEKCZG-L9WMtS8T-EeEs6D8jM0KY_Dxk/s1600/IMG926-01.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="320" i8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8XrNZJVle2BpF4icmRFWVb-TXDlt7Bu88BHsC73d0gctlSGkkU5ft4Dw6spsou6SVDosit_q5mr7Yq5BLLAcAZAelql6Z4p0UslPAqS1HsEZcEKCZG-L9WMtS8T-EeEs6D8jM0KY_Dxk/s320/IMG926-01.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;">RC: ouro, platina e diamante.</span></div>
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy0RJCW6K7NceXWh7AytoAhjJlci0RuFeqVV_8bgwW2LFQ3kyY-EMvT6qynYyM3b9GC4OoNBY8V6yGNTpQCNEvYzedoUGUgyhYSxoGO6EAurYu7jxr5O3ftsscGffG7Pgg89pTUdg1HKI/s1600/IMG927-01.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="240" i8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy0RJCW6K7NceXWh7AytoAhjJlci0RuFeqVV_8bgwW2LFQ3kyY-EMvT6qynYyM3b9GC4OoNBY8V6yGNTpQCNEvYzedoUGUgyhYSxoGO6EAurYu7jxr5O3ftsscGffG7Pgg89pTUdg1HKI/s320/IMG927-01.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: x-small;">RC: mais de 100 milhões de cópias vendidas.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Roberto Carlos, em suas cinco décadas de carreira, exaltou a peculiaridade agregadora da indústria cultural, rendeu-se a modismos, criou os seus próprios, vendeu milhões de discos e passou incólume por eventuais erros de percurso sempre com balanço positivo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXwnb712VMG5W79TyEMiVpvmzz37AE3x6lDjHwYimIGS-NNQYsKA5sLjzbbBvv6sEAy8srzIslWs4oIuNb1gBAoTqPctKa9GyccupVXR7vrh-wV9xM2XTOJGR29nBwWZBy6DVMwLKVTCY/s1600/IMG925-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" i8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXwnb712VMG5W79TyEMiVpvmzz37AE3x6lDjHwYimIGS-NNQYsKA5sLjzbbBvv6sEAy8srzIslWs4oIuNb1gBAoTqPctKa9GyccupVXR7vrh-wV9xM2XTOJGR29nBwWZBy6DVMwLKVTCY/s200/IMG925-01.jpg" width="150" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx8LflnYqGv2XOZ2uO65GNSEF93HlTHZuKQf7LPHKfGjC0NoDm4Z8RHYqq-i2N16bm_ZzoHxCaHLNWtj1Ed5p0pOD25XCh1Cb9KpBVvJMhiJNLUBopnb35oSBAyhpzFoYoIhK32BoS2HE/s1600/IMG920-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" i8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx8LflnYqGv2XOZ2uO65GNSEF93HlTHZuKQf7LPHKfGjC0NoDm4Z8RHYqq-i2N16bm_ZzoHxCaHLNWtj1Ed5p0pOD25XCh1Cb9KpBVvJMhiJNLUBopnb35oSBAyhpzFoYoIhK32BoS2HE/s200/IMG920-01.jpg" width="150" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> <span style="font-size: x-small;">RC: troféus Grammy e Imprensa. </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em seus 70 anos de vida, recém-completados, emoções viveu e jamais escondeu. Apesar de sua personalidade introspectiva, Roberto não se tolhe em assumir publicamente suas fraquezas e seus dramas pessoais. Desta forma, sua veracidade é exaltada ao mesmo tempo em que aflora seu caráter humano, intensificando a projeção e a identificação de seus seguidores para com sua obra. Ainda que possuindo direitos reservados, na prática o patrimônio artístico de Roberto Carlos é de domínio público. RC é a fiel estampa do povo brasileiro. É patrimônio popular.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Imagens: Igor</div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-9557169719110200882011-03-30T19:25:00.000-03:002011-05-30T15:27:18.730-03:00Nota sobre "O Lado B" na revista Versátil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Edição nº 24, publicada em fevereiro de 2011.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA0I-LcDJ7dRYI-_1-7rcn3063wNlK-PcFhi6z4588h9ComgZzKHlzwBrra8Pguf911Wtzj5EZY9KD4UOk8HDwGsPy3qF5VLMd_-SHGOKWXCGJUybj67f2EDJyD5_Xr_SIIZz_Tpr9-aA/s1600/revista_versatil_2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA0I-LcDJ7dRYI-_1-7rcn3063wNlK-PcFhi6z4588h9ComgZzKHlzwBrra8Pguf911Wtzj5EZY9KD4UOk8HDwGsPy3qF5VLMd_-SHGOKWXCGJUybj67f2EDJyD5_Xr_SIIZz_Tpr9-aA/s400/revista_versatil_2.JPG" width="400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOsfhYYh1WIQa2DYnZ4NQXHEMMn0epitG1o9TWmxI-reUYJ0XEN7UZc9xs2liHjv0FlcoVKQmtXkDiDgImM9OzLIzNYb9Hp5PCx5b83snqbvdbyCGYRCFMUbxcYfVPLtqVMywlyY19Okk/s1600/revista_versatil_1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOsfhYYh1WIQa2DYnZ4NQXHEMMn0epitG1o9TWmxI-reUYJ0XEN7UZc9xs2liHjv0FlcoVKQmtXkDiDgImM9OzLIzNYb9Hp5PCx5b83snqbvdbyCGYRCFMUbxcYfVPLtqVMywlyY19Okk/s200/revista_versatil_1.JPG" width="151" /></a></div>Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-19148484015318292962011-03-17T19:51:00.012-03:002016-06-23T17:01:27.288-03:00Discos e Coleções em Bancas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLR5XWjdpf2k7PAMXTPOKpgS1raPBTbZztU0xDyOWdqbbUk3tNsi0cMlqQfTqrH66BZ2wNMCciZEXm_1yOoJxHdnY-jJuFTXSxSr_JHgX8ujbXoc9OG_pXRc2MAcMwwMEGnn4HADVA3Vo/s1600/revista+jornalismo+blogspot.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLR5XWjdpf2k7PAMXTPOKpgS1raPBTbZztU0xDyOWdqbbUk3tNsi0cMlqQfTqrH66BZ2wNMCciZEXm_1yOoJxHdnY-jJuFTXSxSr_JHgX8ujbXoc9OG_pXRc2MAcMwwMEGnn4HADVA3Vo/s320/revista+jornalismo+blogspot.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: Blog Revista Jornalismo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Discos, porcelanas, talheres, brinquedos. Jornais e revistas também. Há muito as bancas deixaram de oferecer meros periódicos. A eficaz distribuição por parte das companhias editoriais logo despertou a atenção dos mais diversos nichos de mercado.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilxfBxwFSNTqsw68_6CPoz-39DA-Zx3drID83M-S2dZqJuhqa7JSb_ZHtAZ61RcVUAofCEYwlzrWJBdaJj-v96hYkall8UkV2c9o0Q8MZR4dMj78BV2qQX6fBClLxAhF8ELiukWea8tBg/s1600/maria+macahdo+blog+com.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilxfBxwFSNTqsw68_6CPoz-39DA-Zx3drID83M-S2dZqJuhqa7JSb_ZHtAZ61RcVUAofCEYwlzrWJBdaJj-v96hYkall8UkV2c9o0Q8MZR4dMj78BV2qQX6fBClLxAhF8ELiukWea8tBg/s200/maria+macahdo+blog+com.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: Blog Maria Machado</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Da possibilidade de associar periodicidade e produto nascem as coleções. No Brasil, a editora Abril, quando associada à Cultural, foi uma das pioneiras a desbravar com grande êxito este segmento. As séries “Grandes Compositores da Música Universal” e “Nova História da Música Popular Brasileira”, comercializadas durantes as décadas de 60 e 70, possuíam fascículos acompanhados de discos de 10 polegadas com seleções de canções. Seguiram-se, pela década de 80, tantas outras coleções, com destaque para as infantis como a “Taba”, também da Abril Cultural, que reuniu de forma criteriosa livros de histórias relevantes de nosso folclore juntos de compactos simples. Provado e atestado, o filão acompanhou a evolução dos suportes audiovisuais durante as duas últimas décadas em séries dos mais variados temas.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix7zIJE16mgERpIsbInmIN31ST9jJkFXE-imRucvhSGjfLwb7P2Y5PmytY-_qfbSD702wOiVYgdaKiDvXdcYcrEqZvDd2raX1s0tq6iYyZpOUXzD89khm0JWJ8Rgb2Rybie_Xsk9gUAAk/s1600/img+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix7zIJE16mgERpIsbInmIN31ST9jJkFXE-imRucvhSGjfLwb7P2Y5PmytY-_qfbSD702wOiVYgdaKiDvXdcYcrEqZvDd2raX1s0tq6iYyZpOUXzD89khm0JWJ8Rgb2Rybie_Xsk9gUAAk/s200/img+%25281%2529.jpg" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcP1TXt00UaT5eHGCHEMPb6CPYnj74B73-DvxwOqwe61R1Qwxf_gsbn-HaWSSf7nd9gUJFB0Sn3470qtIwjFfkAMi_1yjSZ9-Y-cEjPtsYM5rje2sVraW055LDwj9T22JGQE74eoREGf8/s1600/hmpb23.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcP1TXt00UaT5eHGCHEMPb6CPYnj74B73-DvxwOqwe61R1Qwxf_gsbn-HaWSSf7nd9gUJFB0Sn3470qtIwjFfkAMi_1yjSZ9-Y-cEjPtsYM5rje2sVraW055LDwj9T22JGQE74eoREGf8/s200/hmpb23.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiXOoVzKlmQ7_gTVR_isFTDu6iKDcm9qDT86KQSjpj5cq8Bv1WA2jWaON_QXyZYG4TlXEFe1L4-kFmCfEsOCn3CC7JrRR8Q5aYWzNZkLyP8G6jKRvIzrahiu8FeNcAT1na0fIQ2x6SJ1g/s1600/caras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiXOoVzKlmQ7_gTVR_isFTDu6iKDcm9qDT86KQSjpj5cq8Bv1WA2jWaON_QXyZYG4TlXEFe1L4-kFmCfEsOCn3CC7JrRR8Q5aYWzNZkLyP8G6jKRvIzrahiu8FeNcAT1na0fIQ2x6SJ1g/s400/caras.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhch2ER6jOokrZE3Gs6CQDjAZgln-_hIKS-DDGDJbfbr8uuUyBJgTg5w5dZFOk8WPVCvrSJOAY_GK5Y38Aibt2rhr8x66VrLYO3WoP275ZRBGAy9ol0ykyGEX00RedTBgWe0mjsrJvaU6g/s1600/ibiubi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhch2ER6jOokrZE3Gs6CQDjAZgln-_hIKS-DDGDJbfbr8uuUyBJgTg5w5dZFOk8WPVCvrSJOAY_GK5Y38Aibt2rhr8x66VrLYO3WoP275ZRBGAy9ol0ykyGEX00RedTBgWe0mjsrJvaU6g/s320/ibiubi.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: Ibiubi</td></tr>
</tbody></table>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjYuEtJ5fVZeeaG2FF529QSx3ost8LnxZ19mF1LxL15sbf82AsJv_sa6ZN7eak-DZITyhMr6D_zq8PDZfDs2hje6HGoOvhG083AR252WsuU6YOE4SSYUsdJDwvguRE3w3MUSHKarheK3I/s1600/img.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjYuEtJ5fVZeeaG2FF529QSx3ost8LnxZ19mF1LxL15sbf82AsJv_sa6ZN7eak-DZITyhMr6D_zq8PDZfDs2hje6HGoOvhG083AR252WsuU6YOE4SSYUsdJDwvguRE3w3MUSHKarheK3I/s320/img.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: Mercado Livre</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Utilizando bancas de jornais como pontos de venda, o músico Lobão comercializou cem mil cópias do álbum “A Vida é Doce” em 1999, através de seu selo Universo Paralelo. A iniciativa foi embrião da revista Outracoisa, pela L&C Editora, em cuja qual eram encartados CDs inéditos de artistas novos e consagrados, e não meras seleções de sucessos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj17i3NvWNUWKLLi587H_QgopO72rcq_QVpGo09B8fxtomtDOYyxLFu7fIHcgHc6Fy4hcR-OEh9D250Ylx_9p3lLEvs4zgqF-6Py8-cwUunTt1cEH0_fh3eDvLQMWu_tQS3AVT2V64zVao/s1600/tim_pack_angulo3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj17i3NvWNUWKLLi587H_QgopO72rcq_QVpGo09B8fxtomtDOYyxLFu7fIHcgHc6Fy4hcR-OEh9D250Ylx_9p3lLEvs4zgqF-6Py8-cwUunTt1cEH0_fh3eDvLQMWu_tQS3AVT2V64zVao/s200/tim_pack_angulo3.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
São muitas as estratégias do marketing moderno para se agregar valor a um produto. O colecionismo talvez seja uma das mais eficazes. Tal técnica tem sido responsável atualmente pelo resgate do interesse pelos CDs, agora aparecendo nas bancas não em forma de simples coletâneas, mas em suas versões originais e integrais, vendidos a preços bastante acessíveis, acompanhados de encartes ricos em comentários, resenhas e ilustrações. Recentemente, os discos de Chico Buarque e Tim Maia viraram atrações da Abril Coleções, braço do grupo Abril criado para explorar este segmento. Nesta mesma linha, o jornal <i>O Estado de São Paulo</i> recém-lançou sua série “Grande Discoteca Brasileira”, destacando álbuns relevantes de nossa música em reedições igualmente cuidadosas, deleite para apreciadores de música e colecionadores, fiéis mantenedores da fonografia física.</div>
</div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7742055816259047749.post-56924100760557682382011-02-27T12:41:00.002-03:002016-06-23T17:01:08.395-03:00Vale Tudo, Qualquer Coisa<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O povo brasileiro é certamente um dos mais criativos do mundo – se não for o mais criativo. No país “Onde a gente não tem pra comer / Mas de fome não morre” [in “Eu Vim da Bahia”, Gilberto Gil], a necessidade e a privação instigam ainda mais os que dominam “a arte de viver da fé” [in “Alagados”, Paralamas do Sucesso].</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Tal criatividade, já alcunhada de “jeitinho”, é apontada como cultural, tanto por fazer parte de nossa cultura como também por sê-la. Somos capazes de extrair inspiração até do mais improvável. Na arte, especialmente na música, temos inúmeros mestres em tal técnica.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLfBYztdyMgTwZklDMZgtXtlI9oWJTThQNi1Dmg-pJOsHf1byEmIJHoSir3TXN1rFEXhSOk4W3htf35qKOpL4_mklXcheJq3-6IkJ2f4Ol2SN8aA9ZewvQp1LUrGhiP24MkN_XBFoIF9o/s1600/Untitled-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="116" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLfBYztdyMgTwZklDMZgtXtlI9oWJTThQNi1Dmg-pJOsHf1byEmIJHoSir3TXN1rFEXhSOk4W3htf35qKOpL4_mklXcheJq3-6IkJ2f4Ol2SN8aA9ZewvQp1LUrGhiP24MkN_XBFoIF9o/s200/Untitled-1.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Roberto Menescal, site oficial.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Roberto Menescal, autor da melodia de “Bye Bye, Brasil”, letrada por Chico Buarque, declarou ter composto o tema a partir do simples dedilhado de um acorde de violão. Feitas as variações harmônicas, criou uma melodia singular. Para “O Barquinho”, parceria com Ronaldo Bôscoli, Menescal criou uma linha melódica a partir do ruído falho do motor de seu barco.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFzRfxUL7WCx36-HjojDsIIo3ByJU3zuN9Hd6VV90UJXSvHXsDivrJc4vSbs1h7lEsHO4TwdiBmsL11mwBlItk_86kbadCGH2SQJfuE0PkyEn0VAj8_b8n-8kFdl9vswZG3yL66Kea2E0/s1600/cl_recente_06.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFzRfxUL7WCx36-HjojDsIIo3ByJU3zuN9Hd6VV90UJXSvHXsDivrJc4vSbs1h7lEsHO4TwdiBmsL11mwBlItk_86kbadCGH2SQJfuE0PkyEn0VAj8_b8n-8kFdl9vswZG3yL66Kea2E0/s200/cl_recente_06.jpg" width="133" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Carlos Lyra, site oficial.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Décadas depois de composta, soube-se que “Lobo Bobo” – música de Carlos Lyra com letra de Bôscoli – foi assumidamente copiada da trilha do seriado “O Gordo e o Magro”, tendo apenas seu andamento modificado. Questionado em entrevistas, Lyra ainda se gaba e gargalha orgulhoso por seu feito: “...e nunca ninguém percebeu!”</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Influenciado pelo concretismo, Djavan possui obra tão diversa quanto rica, tanto em melodia quanto em letra. O movimento surgiu na década de 50, e fora marcado pela abstração lírica, o que bem se percebe nos versos de “Faltando um Pedaço”, do músico alagoano:</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3DU9j0os2QmGhlc1wuZEygNI6w0A9x0RxtQTyDw2YmTfdWdHolLZ0JNlsqnAtjyT94QaWDRIm1xcvEBDOeWbbmA1FhCwk8g8rJDKiF4xJSwMPcasRWjvso3bZFt8xSSAnuhNpniMS3ng/s1600/post.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3DU9j0os2QmGhlc1wuZEygNI6w0A9x0RxtQTyDw2YmTfdWdHolLZ0JNlsqnAtjyT94QaWDRIm1xcvEBDOeWbbmA1FhCwk8g8rJDKiF4xJSwMPcasRWjvso3bZFt8xSSAnuhNpniMS3ng/s320/post.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Djavan, site oficial.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“O amor é como um laço / Um passo pr’uma armadilha / Um lobo correndo em círculos / Pra alimentar a matilha / Comparo sua chegada / Com a fuga de uma ilha / Tanto engorda quanto mata / Feito desgosto de filha [...]”.<o:p></o:p></span></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Vocalizações e sílabas desconexas entremeiam as canções de Djavan, resultando não em mensagens objetivas, mas em sensações, que se dão através de estímulos quase que subliminares da percepção. Na arte de Djavan, o real significado da palavra é elemento secundário. Tom Zé, em seu recente e alternativo disco “Danç-Êh-Sá”, cravejou melodias sincopadas com versos monossilábicos, exponencializando esta peculiaridade.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKZpwIBNDnhaAO9pkUuhaGWl4vPNQ9jsODYVowCJZwvHo3m1q9ww00gJxtFiiaQdwzrWq9Yv3yUDXD6uDHg_-iQ39pUM2nbSE05jat5TOC64SjbXRpbbnW-bB0pIduB8bcskDohpm6BE4/s1600/20090714183615_10671_medium_joao-donato.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKZpwIBNDnhaAO9pkUuhaGWl4vPNQ9jsODYVowCJZwvHo3m1q9ww00gJxtFiiaQdwzrWq9Yv3yUDXD6uDHg_-iQ39pUM2nbSE05jat5TOC64SjbXRpbbnW-bB0pIduB8bcskDohpm6BE4/s200/20090714183615_10671_medium_joao-donato.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Revista Billboard</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Há ainda quem privilegie o balanço em suas criações. Em “O Sapo”, a melodia de João Donato recebeu esmerada letra de Caetano Veloso: “Coro de cor, sombra de som de cor de malmequer [...]”. A versão que perdurou, entretanto, leva os versos do próprio Donato: “Corongondon, corongondon gondon / Querenguenden, querenguenden guenden [...]”. Tim Maia, Jorge Benjor, Bebeto e Seu Jorge são, como Donato, personificações do suingue improvisado, marca de nossa música. De escola bossa-novista, João Donato, ao lado de Marcos Valle e Joyce são alguns dos nomes que, com maior erudição, conseguem incrementar tal balanço com refinadas harmonias.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg98G_bCMzWmU3ZYZO35nnxIWZLDv9Q71ZuROXznpSQfzaSBGRLiFJQrcXJ2Wc6YAjsL3wZBtt46FYIbJ1zp_EuZvnQvGQ4wmYeGANovPhzg8l1G_8wJUN6zXsLiGbNtwPXiHYkv4DaOk/s1600/caegil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg98G_bCMzWmU3ZYZO35nnxIWZLDv9Q71ZuROXznpSQfzaSBGRLiFJQrcXJ2Wc6YAjsL3wZBtt46FYIbJ1zp_EuZvnQvGQ4wmYeGANovPhzg8l1G_8wJUN6zXsLiGbNtwPXiHYkv4DaOk/s320/caegil.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: tropicalia.com.br</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Também adepto da divagação lírico-sonora, Gilberto Gil credita muito da sua inventividade à liberdade dos cantos afro-brasileiros. Caetano Veloso transita de maneira igualmente genial entre versos formais, parnasianos, e o despojamento estilístico de qualquer coisa, como bem refere uma de suas canções. </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br />
</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Desapegado de amarras estéticas, nosso som se mostra tão fluente e espontâneo quanto inspirado. Reflete nossa postura, costumes e, sobretudo, nossa capacidade de receber e assimilar o novo.</span></div>
</div>
Igor Garcia de Castrohttp://www.blogger.com/profile/10440481103353510179noreply@blogger.com0